Dono do Orkut reflete sobre sucesso no Brasil: “Muitas pessoas acham que sou brasileiro” | Lifestyle




Nascido em Konya, na Turquia, mas criado na Alemanha, Orkut Büyükkökten comentou em entrevista à revista americana Wired (publicada nesta segunda, 17) ter sido surpreendido com a adoção do Orkut por internautas brasileiros em 2004, pouco depois da rede social que leva seu nome ter sido lançada mundialmente. “Foi um grande sucesso. Muitas pessoas acham que sou brasileiro por causa disso”, brinca.

A rede, que se baseava em comunidades e interações positivas entre usuários (como scraps, testemonials e a capacidade de ranquear pessoas por filtros que iam de “legal” a “sexy”), chegou a ser usada por 11 milhões dos 14 milhões de brasileiros com acesso a internet no pico de sua influência no país. Boa parte desse fluxo se alimentava de outra tendência então nascente na época: os cybercafés.

“A cultura brasileira é muito amistosa e hospitaleira”, diz Büyükkökten à Wired. “É muito voltada à amizade e eles se importam muito com conexões. Eles também costumam adotar novas tecnologias bem rápido”, conclui.

No seu começo em 2004, quando Orkut Büyükkökten ainda trabalhava em seu projeto como funcionário do Google, a rede de servidores que dava suporte à rede social suportava apenas 200 mil usuários simultâneos. Não demorou, no entanto, para o Orkut ser usado por milhões, o que o levou a repensar todo a plataforma em um processo que durou um ano.

Além do Brasil, a rede social também fez sucesso nos Estados Unidos, Japão e Finlândia – país onde o fundador diz ter se surpreendido ao descobrir que ‘Orkut’ também é uma palavra que descreve ‘orgasmos múltiplos’. “Na Finlândia, todo mundo achava que estava se cadastrando em um site de conteúdo adulto”, explica Büyükkökten.

A entrevista da Wired também resgata o termo ‘Orkutização’, em voga no Brasil pouco antes do fim da rede em 2014. Ele se referia a serviços online que pioram conforme ganham popularidade.












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