sobre calendário, potência e brilho sob pressão




Dito e feito. Os dois estavam prontíssimos quando os jogos mais duros chegaram. Sinner nem era o favorito entre os homens, mas assumiu o “cargo” quando, ao fim da terceira rodada, Nole e Carlitos já estavam eliminados. Pegou uma chave que não era tão fácil assim e passou com louvor. Tommy Paul, Daniil Medvedev, Jack Draper e, por fim, Taylor Fritz. Impôs seu jogo de fundo de quadra com potência e precisão. Não passou nenhum susto de verdade.

Sabalenka já era a preferida das casas de apostas quando o torneio começou. Perdeu um setzinho para Alexandrova, mas nem nesse jogo passou aperto. Até a semifinal, não tinha cedido mais do que nove games em uma partida. Passou fácil por Qinwen Zheng, bateu Emma Navarro com um tie-break brilhante no segundo set e superou Jessica Pegula em dois sets.

Nem a torcida da casa nem a queda de rendimento no meio do segundo set foram o bastante para derrubar Aryna. Pegula até sacou para forçar uma terceira parcial, mas Sabalenka lhe fechou as portas, muito como Sinner fechou as portas para Fritz, que sacou para vencer o terceiro set. Bielorrussa e italiano absorveram a pressão, silenciaram a torcida americana e brilharam quando mais precisaram.

Dois títulos esperados e mais do que merecidos. Dois tenistas que começaram o ano levantando troféus em Melbourne e agora, em Nova York, repetem a cena. Dois atletas cujas personalidades não poderiam ser mais diferentes, mas que mostraram saber gerenciar as circunstâncias e criar ambientes que lhes permitiram jogar o melhor tênis em seu piso preferido. Apenas aplausos.

Coisas que eu acho que acho:

– Pra não esquecer: ambos também foram campeões do 1000 de Cincinnati, pouco antes do US Open. Ambos derrotaram americanos nas finais também por lá (Pegula e Tiafoe). E ambos sobrenomes começam com a mesma letra (inevitável citar até esta pequena coincidência).












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