os alimentos de maior risco; veja a lista

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou seis casos de botulismo, cinco deles confirmados, neste ano. Dois deles resultaram em morte, um dos óbitos ocorreu em Campo Formoso e outro em Salvador. De acordo com a investigação, quatro dos internados no estado haviam ingerido mortadela de frango no dia anterior à manifestação dos primeiros sintomas. O Sesab continua a investigar se existe correlação.

Segundo o Ministério da Saúde, as duas principais formas de contaminação ocorrem através do contato com a bactéria Clostridium botulinum (C botulinum) por meio de ferimentos no corpo ou a ingestão de alimentos contaminados. No Brasil, a maioria dos casos estão relacionados com a contaminação alimentar.

O botulismo é uma doença neuroparalítica grave e não contagiosa. A C botulinum produz uma substância chamada toxina botulínica que causa envenenamento mesmo em pouca quantidade ao entrar em contato com o organismo humano e afeta o controle motor. Se não tratada adequadamente, pode levar à morte.

Os principais sintomas associados ao botulismo:

  • Dificuldade para falar
  • Dificuldade para engolir
  • Fraqueza de longa duração
  • Fadiga
  • Pneumonia por aspiração e infecção
  • Problemas no sistema nervoso em geral

Quais alimentos tem maior risco de contaminação?

Como aponta o Ministério, os alimentos que estão mais comumente associados à contaminação por botulismo são:

  • Conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi);
  • Produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – chamadas “carne de lata”);
  • Pescados defumados, salgados e fermentados;
  • Queijos e pasta de queijos;
  • De maneira mais rara, alimentos enlatados industrializados.

Como identificar a contaminação por botulismo em alimentos?

Em muitos casos, os alimentos contaminados com botulismo podem não apresentar sinais visíveis de contaminação, mas há alguns indícios que podem sugerir a presença da toxina:

  • Estufamento de latas ou embalagens: Se a lata ou embalagem estiver estufada, há um forte indício de crescimento bacteriano.
  • Mau cheiro: Alguns alimentos contaminados podem apresentar odores incomuns, embora a toxina não altere necessariamente o cheiro do alimento.
  • Alteração na cor ou textura: Embora não seja sempre visível, mudanças na aparência do alimento podem ser um sinal de contaminação.

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