Governo demonstra preocupação quanto ao uso do Bolsa Família para financiar apostas online

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, anunciou que o Governo Federal já está trabalhando em iniciativas para regulamentar as apostas esportivas, destacando que o objetivo é proteger o uso adequado dos recursos do Bolsa Família.

Governo demonstra preocupação quanto ao uso do Bolsa Família para financiar apostas online. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Dados do Banco Central (BC) revelaram que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas esportivas somente em agosto, representando 20% do valor total repassado pelo programa.

Em resposta, Dias afirmou que o governo vai atuar para garantir que o dinheiro do Bolsa Família seja utilizado para cobrir necessidades essenciais de famílias em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar.


“O Bolsa Família transfere um dinheiro livre para a família e tem por objetivo combater a fome e atender as necessidades básicas de pessoas em situação de insegurança alimentar e outras vulnerabilidades. Tudo faremos para manter estes objetivos”, disse o ministro.

Quem tem direito ao Bolsa Família?

Tem direito toda família com renda mensal de até R$ 218 por pessoa. Isso significa que a renda somada de todos os integrantes da família dividida pelo número de pessoas deve ser menor que R$ 218.

Considere o exemplo de uma mãe que cria sozinha três filhos pequenos. Trabalhando como diarista, ela ganha R$ 800 por mês. Como os filhos não trabalham, esses R$ 800 são a única renda da família. Dividindo R$ 800 (renda total) por quatro (número de pessoas na família), o resultado é R$ 200. Como R$ 200 é menor que R$ 218, essa mãe e seus três filhos têm direito a receber o Bolsa Família.

Quais são as regras do Bolsa Família?

As famílias devem cumprir compromissos nas áreas de saúde e de educação. São elas:

  • Realização do acompanhamento pré-natal;

  • Acompanhamento do calendário nacional de vacinação;

  • Realização do acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de 7 anos;

  • Frequência escolar mínima de 60% para as crianças de 4 a 5 anos, e de 75% para os beneficiários de 6 a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;

  • A família deve sempre manter atualizado o Cadastro Único (pelos menos, a cada 24 meses).

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Laura AlvarengaLaura AlvarengaLaura Alvarenga

Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia – MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.



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