4 fatos sobre o Dia de São Cosme e Damião

Neste 27 de setembro, comemora-se o Dia de São Cosme e Damião. De acordo com a igreja católica, foi nessa data que morreram os irmãos gêmeos, que teriam vivido na região da Ásia Menor, no século III d.C. Os gêmeos se tornaram conhecidos por praticarem a medicina e por recusarem qualquer pagamento por seus serviços.

Com o sincretismo junto a religiões de matriz africana, a celebração dos santos no Brasil ganhou relação com as crianças e com o costume de distribuição de doces. Reunimos alguns fatos sobre São Cosme e Damião para você conhecer melhor essa tradição popular. 

1. Sincretismo religioso

A celebração do Dia de São Cosme e Damião, com a entrega de doces às crianças, se deve ao sincretismo religioso. No catolicismo, não há relação entre esses santos e a distribuição de doces ou associação às crianças. Essa junção aconteceu pela ligação que os escravizados fizeram entre Cosme e Damião e orixás da umbanda e do candomblé: os Ibejis, filhos gêmeos de Xangô e Iansã. Os Ibejis são os orixás da infância.

Vale lembrar que, durante o período colonial, devido à repressão aos cultos afro, os escravizados adoravam suas divindades associando-as a algum santo católico.

2. Santos dão nome à igreja mais antiga do Brasil

Construída em 1535, a Igreja de São Cosme e São Damião, em Igarassu (PE), é a mais antiga ainda em funcionamento no país. Em 1951, se tornou Patrimônio Histórico Artístico Nacional e matriz da cidade de Igarassu (PE).

“[A igreja] destaca-se na paisagem de Igarassu por ser construída no alto de uma colina e se localizar próximo a um dos principais acessos ao sítio histórico”, afirma documento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

3. A celebração pode mudar de acordo com a região

A tradição religiosa de celebrar o Dia de São Cosme e Damião pode assumir diferentes configurações, a depender do local. Na Bahia, costuma-se oferecer caruru para as crianças como agradecimento aos santos. Já no Rio de Janeiro, o costume é distribuir saquinhos de doces.

Além disso, nos centros e terreiros de umbanda e candomblé é comum  a realização de mesas de doces e homenagem aos santos em uma celebração (gira ou xirê). 

4. Mais um santo: o Doum

Com a associação dos gêmeos à infância na cultura brasileira, tornou-se comum ver a representação desses santos como crianças. Além disso, há ainda uma versão com um terceiro santo: Doum, o irmão mais novo, que, pelas tradições iorubanas, seria Idowu, o terceiro filho que tem que nascer após um parto duplo, para que a mãe não enlouqueça.



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