escolas de harmonização facial usam cabeças de cadáver para treinar alunos

O uso de cabeças de cadáveres em cursos de harmonização facial no Brasil gerou espanto e motivou discussões, piadas e memes na rede social BlueSky, rival do Twitter.

O perfil de Helen Fernandes, conhecida no BlueSky como Malfeitona, revelou como os alunos desses cursos são treinados. Ela explicou que as cabeças congeladas, denominadas “fresh frozen”, são adquiridas de pessoas executadas nos Estados Unidos e trazidas ao Brasil devido ao seu frescor e ao conhecimento prévio das causas de morte.

“Cursos de harmonização facial no Brasil compram cabeças de pessoas executadas nos Estados Unidos e as trazem congeladas para cá porque estão frescas e a causa da morte já é conhecida (o estado). Cada uma tem uma etiqueta com o nome da pessoa”, postou Helena.

Não vou falar qual foi o curso dela porém é tipo esses aqui (pesquisei por similares no Google)

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— Malfeitona (@malfeitona.com) September 24, 2024 at 11:48 PM

Essa prática tem crescido no Brasil, onde a utilização de corpos humanos preservados para estudos se tornou mais comum. Existe até um Instituto de Treinamento em Cadáveres Frescos (ITC) em Recife, cuja chegada provocou polêmica entre os residentes.

A técnica, rotineira nos Estados Unidos, ganhou adeptos no Brasil, com o primeiro estabelecimento desse tipo surgindo em Balneário Camboriú, Santa Catarina, em 2019. No TikTok, são frequentes os vídeos que discutem essa técnica e promovem tais cursos.

@layaneprof

Treinamento de anatomia em cadáver Fresh Frozen

♬ som original – Layane Glacielly

Os corpos devem ser congelados, e não conservados em formol, para serem considerados frescos. Essa preservação permite que profissionais de saúde ou estética simulem procedimentos de maneira mais precisa e realista. Anteriormente, eram utilizados no Brasil cadáveres não reclamados após 30 dias.

Uma pesquisa publicada na Revista Brasileira de Educação Médica em 2019 discute a escassez de cadáveres para ensino e pesquisa e sugere aperfeiçoamento da legislação para o uso de corpos.

Devido à demanda do mercado de estética, aumentou a importação de cadáveres. Em 2022, um pé custava cerca de R$ 2 mil, um tronco entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, uma mão por volta de R$ 1 mil, e uma cabeça com pescoço aproximadamente R$ 25 mil, conforme o portal R7.

Embora seja ilegal vender corpos humanos ou partes deles, as empresas de estética no Brasil pagam por um serviço completo oferecido por bancos de tecidos, que inclui as peças, a preparação do cadáver, a documentação, o transporte e os impostos.



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