Mulher diz que foi agredida por homem em estação de trem em SP

Ele deu um soco no meu nariz. Estou com o meu nariz quebrado. E eu pedindo socorro desde lá debaixo e nenhum guarda da CPTM veio para nos socorrer. Ele me deu um soco. Ele achava que estava brigando com um homem. É difícil, porque você acha que sai para passear com a sua família, mas, ao voltar para a sua casa, um desconhecido te agride. É um sentimento de revolta.
Delma Cassia de Lima, em contato com o UOL

Envolvidos na confusão foram levados para uma sala da CPTM. Uma ocorrência interna foi aberta, informou a empresa responsável por gerenciar as linhas de trens na Grande São Paulo. Eles teriam esperado por cerca de duas horas até serem encaminhados para a delegacia.

Mulher cita racismo na delegacia

Delma e as filhas foram levadas até o 2º DP (Distrito Policial) do Bom Retiro. No local, ela conta que o homem e a mulher dele, que são brancos, foram prontamente atendidos pela equipe e liberados na sequência. Já ela e as filhas, que são negras, disseram não ter recebido a devida atenção dos funcionários.

Por serem brancos… chegamos na primeira delegacia, e ‘o delegado’ fez pouco caso da minha cara. É um estado de revolta. Eles têm que acolher a gente primeiro, mulher. Eu fui agredida. Eu estava sangrando. Minha filha de 16 anos está com o braço roxo. Minha outra filha machucou a coluna dela. Está tomando antibiótico. Eu estou tomando remédio. Estou há cinco dias sem trabalhar porque eu estou com meu nariz machucado. A chegar em um órgão público achando que terá suporte de uma delegacia e, ao chegar lá, a delegacia não te dá suporte.
Delma, sobre o atendimento na delegacia

Elas foram aconselhadas a fazer o exame de corpo de delito para, só depois, registrarem o boletim de ocorrência. Decidiram ir em busca de atendimento numa Delegacia da Mulher, no Cambuci, região central de São Paulo.



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