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19 Apr 2025, Sat

Alok se encontra com Chris Martin e lideranças indígenas antes de tocar em NY

Quando começou a se interessar pela cultura dos povos indígenas e o que eles te ensinaram de mais importante como artista e como homem?
Há quase dez anos, em 2015, eu fui à aldeia Mutum, no Acre, em um percurso de mais de 30 horas de viagem entre voo, estrada de terra e canoa voadeira. Era um período difícil da minha vida, estava em busca de respostas para questões que faziam pouco sentido na minha cabeça. A ida aos Yawanawás tinha como objetivo me inspirar na sonoridade deles para um trabalho que seria lançado, mas desse encontro nasceu algo maior: entre uma música e outra, meus valores eram revistos, minhas crenças colocadas em xeque. Fui lá com uma intenção e sai completamente transformado. O que era uma busca individual, se tornou um propósito coletivo. Aos poucos fui entendendo a importância de nos conectarmos com a natureza, de reverenciamos o nosso passado. É uma trajetória em curso, que tenho aprendido muito sobre mim e sobre o outro. Os indígenas são a chave para o entendimento da sustentabilidade, eles são responsáveis por aproximadamente 80% da preservação da biodiversidade do planeta. Hoje, O Futuro É Ancestral não é apenas um projeto artístico, mas um movimento, uma ação que tem a música como meio, mas se desdobra em diversas áreas sociais, econômicas e culturais.



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