Blinken questiona a sinceridade da China | A estrela diária

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, questionou na sexta-feira a sinceridade da China em buscar a paz na Ucrânia, ao pressionar diretamente seu homólogo sobre as exportações que impulsionam as forças armadas da Rússia.

Blinken se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à margem da Assembleia Geral da ONU, as últimas negociações enquanto as duas potências buscam reduzir as tensões antes crescentes.

Embora atribuindo à diplomacia o progresso, Blinken alertou que os Estados Unidos não recuariam nas preocupações com as exportações da China para a Rússia e deixou claro que Washington poderia impor mais sanções.

Blinken disse que a China está alimentando a “máquina de guerra” do presidente russo, Vladimir Putin.

“Quando Pequim diz que, por um lado, quer a paz, quer ver o fim do conflito, mas por outro lado está a permitir que as suas empresas tomem medidas que estão realmente a ajudar Putin a continuar a agressão, isso não significa Não faz sentido”, disse Blinken em entrevista coletiva.

“Nossa intenção não é dissociar a Rússia da China. O relacionamento deles é problema deles”, disse ele.

“Mas na medida em que essa relação envolve fornecer à Rússia o que ela precisa para continuar esta guerra, isso é um problema para nós e é um problema para muitos outros países, nomeadamente na Europa”, acrescentou Blinken.

O principal diplomata dos EUA disse que a China forneceu 70 por cento das máquinas-ferramentas e 90 por cento da microeletrônica necessária à Rússia para a produção militar, que inclui foguetes e veículos blindados.