PSG com sabor de dejà vu | Blog Entre as Canetas

PSG voando no Campeonato Francês, 6 vitórias em 6 jogos, time milionário, e na Liga dos Campeões apresenta problemas. Há quantos anos a frase acima poderia ser utilizada, sem que fosse necessário precisar a qual temporada nos referimos? A de 2018/19, só muda um pouco o momento da competição europeia – normalmente o PSG começa a fase de grupos atropelando, provoca os famosos “agora vai”, e na hora do mata-mata falta combustível (camisa?). A única mudança concreta entre a última temporada e a atual atende pelo nome de Neymar, mas falo disto já, já.

 

No Francês não consigo imaginar, até pela vantagem que já abriu em seis rodadas, alguém com cacife para sonhar em virar zebra. O Mônaco cai pelas tabelas, Marselha e Lyon demoram a engatar a quarta marcha, e ainda não pintou de modo consistente aquela quarta força (a cada temporada é um diferente) tradicional do Francês. Pode ter um ou outro tropeço, como na temporada passada diante do Saint Etienne…

 

…mas vai botar mais uma taça na galeria, fácil, fácil. Na Champios, é muito cedo para prever. Mas talvez a ligação do alerta vermelho tão precocemente pode até servir para o time descer do salto, corrigir os erros, reestabelecer rumos, e quem sabe surpreender.

 

A grande novidade no Deja Vu parisiense é Neymar. Na temporada passada, ele jamais havia sido substituido por Unay Emery. Lá, ele era o rei absoluto, e jogava na posição que bem entendia. Um fracasso sonoro na Copa, motivo de chacota mundial pelas simulação, e a mudança de treinador, com a chegada do jovem e rígido Thomas Tuchel, reposicionaram Neymar em campo e em nível de autonomia. 

 

Nesta temporada, ele já foi substituído três vezes. Além disso, vem sendo fixado no meio, na armação (onde, de resto, também joga muito, já fez três gols e deu quatro assistências), porque pelos lados o time tem o intocável Mbappé, campeão do mundo, e Di Maria de novo num momento muito bom – ou seja, Neymar está enquadrado, isso mesmo, enquadrado, diferentemente do que ocorre quando o trabalho é com o chefe Tite).

 

O que não muda é a marra de Neymar, sai de campo balançando a cabeça negativamente quando é substituído… mas esse é, talvez, o maior dejà vu da história recente do futebol. Que pena ele não se inspirar em Marta, que no futebol brasileiro – e, vá lá, no mundial – é muito maior do que ele.



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