Na sexta-feira, ataques aéreos israelense atingiram o QG do Hezbollah e mataram dirigentes do grupo extremista, incluindo o líder Sayyed Hassan Nasrallah, considerado então o homem mais poderoso do Líbano.
No sábado e domingo, após anunciar a morte do líder xiita, Israel voltou realizar ataques contra alvos do Hezbollah dentro e fora da capital Beirute. Segundo as autoridades libanesas e relatos de quem está no local, os bombardeios têm atingido diversos civis, entre eles crianças e mulheres.
“Eu nem sequer levei roupas comigo, nunca pensei que sairíamos assim, de repente estamos na rua”, disse Rihab Naseef, 56 anos, moradora do sul de Beirute, à AFP.
No sábado, 28 de setembro, o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, disse que, até aquela data, “mais de 200 mil pessoas foram deslocadas dentro do Líbano” e mais de 50 mil fugiram para a Síria – sem contar com as subnotificações de quem está na rua, sem abrigo.
Para facilitar o recebimento de ajuda humanitária, o primeiro-ministro Najib Mikati ordenou que os impostos sobre doações do exterior fossem removidos e que fossem entregues diretamente ao Estado.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA), agência de combate à fome da ONU, anunciou no início deste domingo uma operação de emergência para ajudar um milhão de pessoas afetadas pela violência no Líbano.