Ritmo de aquecimento dos oceanos quase duplicou desde 2005
No nordeste do Mar de Barents, no Oceano Ártico, “o fundo (do mar) parece ter entrado em um estado de onda de calor marinha permanente”, segundo um estudo citado por Von Schuckmann.
Em agosto de 2022, as águas costeiras das Ilhas Baleares alcançaram a temperatura recorde de 29,2°C , “a mais alta das águas regionais superficiais em quarenta anos”, afirma o relatório.
Nesse mesmo ano, uma onda de calor no Mar Mediterrâneo penetrou 1.500 metros abaixo da superfície, o que mostra como o calor pode se propagar pela coluna d’água.
Episódios de ondas de calor marítimas podem causar migração e mortalidade em massa de espécies, degradar ecossistemas e reduzir a capacidade das camadas oceânicas de se misturarem entre o fundo e a superfície, dificultando assim a distribuição de nutrientes.
Também podem “ter implicações na reprodução dos peixes”, o que repercute na pesca, indicou Von Schuckmann.
O relatório indica ainda que a acidez dos oceanos, que absorvem um quarto do CO² emitido pelas atividades humanas, aumentou 30% desde 1985. Acima de um certo limite, a acidez da água do mar torna-se corrosiva para conchas, corais, mexilhões, ostras etc.
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