O conflito no Oriente Médio, com a invasão terrestre de Israel ao sul do Líbano e a consequente retaliação do Irã, com bombardeios às cidades israelenses Tel Aviv e Jerusalém, será a pauta de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta quarta-feira (2/10).
A reunião ocorrerá na sede da ONU em Nova York (EUA), às 11h (horário de Brasília).
O ministério das Relações Exteriores do Irã já havia solicitado anteriormente ao Conselho de Segurança da ONU que tome “ações significativas” para prevenir ameaças à paz e segurança regional.
“Estou otimista em relação aos dias futuros. Há uma possibilidade de [mais] conflito, mas nossas forças estão totalmente preparadas. Esperamos testemunhar gradualmente a estabilidade em nossa região nos próximos dias”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã.
Já Danny Danon, enviado de Israel à ONU, acusou o Irã de querer destruir Israel “com um anel de fogo de sete frentes” e exigiu que o Conselho defina o Corpo da Guarda Revolucionária do Irã como uma organização “terrorista”, segundo informou a Al Jazeera.
Lula critica ONU e Israel
A postura da ONU perante o conflito no Oriente Médio e os ataques de Israel a Gaza e ao Líbano foram duramente criticados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nessa terça-feira (1º/10), no México, onde esteve para a posse da presidente eleita Claudia Sheinbaum, Lula disse: “O que eu lamento profundamente é o comportamento do governo de Israel. É inexplicável que o Conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar ao em vez de só saber matar”.
Na semana passada, o brasileiro esteve em evento na sede da ONU, em Nova York, onde também teceu críticas à instituição.
“Cada dia que passa com uma estrutura arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade”, disse.