Saiba o estado de saúde da prefeita de Trombudo Central que teve perna amputada
A prefeita de Trombudo Central, Geovana Gessner, de 39 anos, está internada desde o dia 20 de setembro na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Regional de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí.
No dia 23 do mesmo mês, ela teve a perna esquerda amputada, após complicações da trombose. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal, Geovana está consciente e respirando sem ajuda de aparelhos, mas o estado de saúde ainda exige atenção.
Geovana enfrenta uma longa batalha contra a trombose, resultando em cirurgias nos braços. Após ser internada em estado grave, a prefeita de Trombudo Central foi submetida a uma nova cirurgia de emergência que resultou na amputação da perna.
Internada há 13 dias na unidade de tratamento intensivo, a assessoria de imprensa informou que ainda não existe uma data em que a chefe do executivo deve deixar a UTI.
O que é trombose, que amputou perna de prefeita de Trombudo Central
Trombose é o nome dado a uma formação de coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esses acúmulos podem causar a interrupção do fluxo de sangue, provocando dor e até inchaço na área afetada.
De acordo com o Ministério da Saúde, o problema pode ser ainda maior se um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, o que pode causar uma embolia. A obstrução de uma artéria pode ficar presa no cérebro, pulmões, coração ou em outra área, levando a lesões graves.
A trombose pode ser classificada de duas formas. A aguda é a menos grave, em geral, pode ter os coágulos desfeitos pelo próprio corpo sem causar consequências ou evoluir para casos mais graves.
Já a forma crônica se desenvolve a partir dos resquícios que se formam nas veias quando os coágulos naturais se desmancham, o que provoca danos nas válvulas internas.
Trombose é mais comum em mulheres?
A trombose é conhecida por geralmente afetar mais as mulheres. Entretanto, homens também podem ter o problema.
Dados do Ministério da Saúde, da faixa entre 20 a 40 anos, indicam que a incidência é maior nas mulheres em virtude de alguns fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações.
Dados de janeiro de 2022 a agosto de 2023, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, mostram que mulheres representam 62,02% dos casos de atendimentos com internações por TVP (Trombose Venosa Profunda) em Santa Catarina, com média de 3,17 atendimentos por dia.
O levantamento da SES registrou, ao todo, 1.904 atendimentos na rede de saúde no período, sendo 1.181 mulheres e 723 homens.
Causas da trombose
O desenvolvimento da trombose ocorre de forma multifatorial e pode, inclusive, surgir a partir de hábitos do dia a dia.
- Tratamentos hormonais, incluindo uso de anticoncepcionais;
- Longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentado);
- Tabagismo;
- Predisposição a varizes;
- Gravidez;
- Hereditariedade;
- Pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca;
- Presença de tumores malignos;
- Pacientes com histórico de trombose venosa ou que possuem distúrbios de hipercoagulabilidade (hereditária ou adquirida).
Sintomas
Na maioria dos casos, a trombose venosa profunda não apresenta sintomas, mas podem haver:
- Dor;
- Vermelhidão;
- Sensação de calor na região afetada;
- Rigidez na musculatura da área em que o trombo se desenvolveu.
Diagnóstico
Ao apresentar algum sintoma, o médico solicita exames para conseguir obter o diagnóstico.
- Ultrassonografia;
- Exame de sangue;
- Venografia;
- Eco Color Doppler (Ultrassom Vascular);
- Tomografia e ressonância magnética.
Prevenção e tratamento
A prevenção da trombose inclui a mudança de hábitos, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e a diminuição do consumo de cigarros e bebidas alcoólicas.
Já o tratamento pode variar de acordo com o quadro de cada paciente e pode ser feito com o uso de medicamentos, para evitar a formação de novos coágulos e desfazer os trombos existentes. Além disso, o uso de meias de compressão podem ajudar a evitar a má-circulação.
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