Eleições 2024: debate em BH tem menção a Dilma e ditadura militar

Prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman - Metrópoles

O último debate eleitoral em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, começou com a menção a vacinação contra a Covid-19, lembrança da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e acusação de participação na ditadura militar (1964-1985).

Participam do debate da TV Globo os candidatos: Mauro Tramonte (Republicanos), Bruno Engler (PL), Fuad Noman (PSD), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Gabriel (MDB), e Rogério Correia (PT).

A deputada federal Duda Salabert acusou o atual prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman de ter participado da ditadura militar. Segundo ela, ele trabalhou no 12º Batalhão, onde teria ocorrido uma série de torturas em Belo Horizonte naquele período.

“O senhor tem um quadro do 12º Batalhão na sala da prefeitura. E o senhor diz que tem muito orgulho de ter participado desse processo e daquele contexto, que era um contexto e um cenário marcado por torturas. Como eu disse, o 12º Batalhão, no período que o senhor trabalhou, foi um período marcado por ditadura, segundo a própria Comissão da Verdade”, disse a candidata do PDT.

Para se defender, Noman enfatizou que tem uma história limpa. “Dentro de uma corporação de um quartel como aquele, não tem nada a ver com o que eventualmente possa ter acontecido. E se aconteceu, eu nunca participei, nunca vi. O que eu quero dizer claramente é o seguinte: a minha história é limpa. Não tem nada. Se você olhar todas as histórias da revolução, você não vai ver meu nome em lugar nenhum.”

No campo mais conservador do debate, o senador Carlos Viana questionou o deputado Bruno Engler a respeito da vacinação da Covid-19 e como seria o programa de imunização de um possível governo do candidato do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Você não tem vergonha de ficar parecendo o papagaio da esquerda, não? Eu não sei se eu tô debatendo com o cara que é de direita, como você se diz, ou se com alguém da esquerda do PT”, indagou Bruno Engler.

“Eu falo com todas as letras. Eu não tomei a vacina do Covid, eu tomei todas as vacinas quando eu era menino e sou a favor que a gente disponibilize as vacinas pra todos aqueles que desejarem. Como, aliás, o presidente Bolsonaro fez. Na época da pandemia, ele comprou milhões de vacinas e todo mundo que queria se vacinar, se vacinou”, completou o postulante do PL.

Carlos Viana então comparou Bruno a ex-presidente Dilma. “Parece a Dilma, um robô muito bem treinado pra responder o que a equipe dele colocou, mas quando a gente põe o dedo na ferida, a coisa é diferente.”

O primeiro turno das eleições municipais está marcado para o próximo domingo (6/10).



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