‘Nunca estive tão segura, não preciso mais abaixar a cabeça. Onde não couber, vou sair’

Além de olhar para a cartografia do céu, Liniker também é dedicada à sua espiritualidade e devota ao candomblé, religião que a acolhe e conforta nas horas de maior angústia, e vem com lastro familiar, já que sua bisavó era mãe de santo. “A fé sempre foi uma coisa que me moveu. Principalmente quando vim do interior para São Paulo, que foi um momento da minha vida em que passei muita dificuldade, passei fome, fui humilhada. Quando olho para dez anos atrás, e onde estou hoje – meu Deus –, sei que sofri pra conquistar o que eu tenho. Não tem como não me espantar com a mobilidade social que tive. Nada disso seria possível se eu não tivesse fé. E aí, a herança familiar do candomblé já era uma coisa que eu sabia que existia e comecei a cada vez mais procurar esse caminho de fé dentro de uma religião de matriz africana e comecei a me cuidar, me tratar e esse ano iniciei, ‘fiz o santo’ [ritual que estabelece relação entre o iniciado e o seu orixá]. Nasci na religião, que é um processo superbonito, pessoal, íntimo, restrito. Estou muito feliz”, declara.



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