SC tem 33% dos detentos em atividades laborais, revela pesquisa

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Em Santa Catarina, 33% da população carcerária trabalha. São 8.221 detentos em alguma atividade laboral, segundo dados da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).

As atividades laborais incluem a indústria têxtil, cosméticos, embalagens, marcenaria e até o setor agrícola - Eduardo Valente/Secom

As atividades laborais incluem a indústria têxtil, cosméticos, embalagens, marcenaria e até o setor agrícola – Eduardo Valente/Secom

A expectativa é de que novos convênios sejam firmados com empresas de diversos setores nos próximos meses - Eduardo Valente/Secom

A expectativa é de que novos convênios sejam firmados com empresas de diversos setores nos próximos meses – Eduardo Valente/Secom

A iniciativa promove a capacitação e empregabilidade dos detentos, além de estimular o desenvolvimento de habilidades técnicas e interpessoais - Eduardo Valente/Secom

A iniciativa promove a capacitação e empregabilidade dos detentos, além de estimular o desenvolvimento de habilidades técnicas e interpessoais – Eduardo Valente/Secom

A mão de obra dos detentos beneficiou reformas em hospitais de Santa Catarina - Thiago Kaue/Secom

A mão de obra dos detentos beneficiou reformas em hospitais de Santa Catarina – Thiago Kaue/Secom

Ao todo, 33% dos detentos trabalham em Santa Catarina, o que supera a média nacional de 19% - Eduardo Valente/Secom

Ao todo, 33% dos detentos trabalham em Santa Catarina, o que supera a média nacional de 19% – Eduardo Valente/Secom

A proporção supera a média nacional, que é de 19%. As atividades laborais têm como objetivos a reabilitação e ressocialização do preso, como forma de prevenir a reincidência criminal.

O trabalho de ressocialização dos detentos catarinenses é feito pela SAP (Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa). A iniciativa conta com a parceria de empresas privadas e setores públicos, que promovem a capacitação e o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais.

“Trabalho e educação são pilares fundamentais para a recuperação e a inclusão social dos detentos. Ao ampliar essas vagas, damos a eles uma nova chance de seguir por um caminho diferente ao sair do sistema prisional”, explica o secretário da SAP, Carlos Alves.

Com o que os detentos trabalham em Santa Catarina?

Detentos trabalhando em obra no Hospital Celso RamosDetentos trabalham na obra da Emergência do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis – Foto: Ana Melhado/Secom

Os apenados desenvolvem diferentes produtos e serviços no sistema prisional catarinense. As atividades laborais abrangem a indústria náutica, de cosméticos, embalagens, marcenaria, indústria têxtil e até o setor agrícola.

Outro exemplo é a obra da Emergência do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, que utilizou a mão de obra dos reeducandos para agilizar o processo. Eles prestam serviços como pintura, carpintaria, limpeza de áreas externas e outras atividades essenciais nas unidades hospitalares.

A parceria com a Secretaria da Saúde ainda beneficiou o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e a Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, e o Hospital e Maternidade Tereza Ramos, em Lages. Ao todo, 22 detentos trabalharam nas unidades.

Detentos fazem prova de nivelamento de conhecimentos em SCAs atividades laborais fazem parte do esforço de ressocialização dos internos – Foto: Marco Favero/ND

A expectativa do governo de Santa Catarina é de que novos convênios sejam firmados com empresas de diversos setores nos próximos meses, de modo a aumentar as oportunidades de trabalho entre os presos.

O detendo L.D. trabalha há quatro meses para uma empresa que produz embalagens de produtos de cosméticos, segundo a Secom (Secretaria de Estado da Comunicação). Ele aproveita a oportunidade para guardar dinheiro e enviar uma parte ao filho, de quem paga pensão.

“Aqui aprendemos a conviver um com o outro e respeitar todo mundo. A gente perde muito tempo aqui, 10, 15 anos da nossa vida e o trabalho ajuda a passar esse tempo mais rápido”, conta.

“E o próximo passo é poder concluir meus estudos e depois que sair, lá fora, poder fazer uma faculdade”, completa L.D.



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