Produtor musical de SC morto fabricava minimetralhadoras
David Beckhauser Santos Herold, produtor musical de SC, foi morto em São Paulo na quarta-feira (2). Ele possuía uma condenação por homicídio em uma briga de facções em Florianópolis. A investigação policial na época do crime citava que David tinha a habilidade de “transformar pistolas em minimetralhadoras”.
David morou nos Estados Unidos e chegou a servir no exército do país, tendo participado da Guerra no Afeganistão. Por esse motivo, era conhecido como o “Americano”.
Segundo a polícia, na época da investigação do homicídio, foi observado que o produtor musical sabia “lidar com armas e transformava pistolas em minimetralhadoras para o crime organizado”. A transformação das armas estaria ligada à atividade da facção PGC (Primeiro Grupo Catarinense).
Produtor musical de SC foi morto durante gravação de clipe em São Paulo
O produtor musical de SC foi morto na noite de quarta-feira (2), enquanto gravava um clipe do cantor Bernardo Soares da Rosa, de 20 anos, conhecido como Boladin 211. O assassinato ocorreu na zona norte de São Paulo.
A dupla estava no intervalo da gravação de um videoclipe quando dois homens chegaram e atiraram 60 vezes contra David. Ele foi atingido com 32 tiros e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a execução do produtor musical tenha sido motivada por uma rixa entre facções. Os policiais informaram que David era associado a uma facção de Santa Catarina, onde ele nasceu e morava.
Produtor musical de SC foi condenado por homicídio em briga de facções na Capital
David foi condenado a 16 anos pela morte do traficante Thiago Polucena de Oliveira, no dia 26 de março de 2014. A condenação do produtor musical de SC ocorreu em maio de 2016.
A família Polucena comandava o tráfico de drogas no Morro do 25, na região central de Florianópolis. Conforme o delegado de homicídios da Capital, Ênio Matos, a morte ocorreu em uma briga pelo domínio do Morro do 25, em Florianópolis.
Naquela manhã do assassinato, a casa onde moravam Thiago e o irmão Leonardo, que não quiseram entrar para a facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense), foi atacada por homens vestidos de preto.
Thiago morreu na hora e Leonardo ficou ferido. Os criminosos deram mais de 100 tiros em direção à casa. A ordem da invasão teria sido ordenada pelo PGC.
Segundo a polícia, o produtor musical de SC estava na cena do crime. Uma das armas utilizada na invasão seguida de tiros, a pistola Glock com cinco carregadores, dois curtos e três longos, foi apresentada no julgamento.
Na ocasião, o delegado Ênio de Oliveira Matos demonstrou o funcionamento da pistola e contou que apreendeu a arma na fronha do travesseiro de André Vargas Pinto, no bairro Saco dos Limões. Naquela noite, David dormia na casa de André, amigo de infância.
Ambos foram levados a júri, mas o julgamento foi desmembrado. André, julgado no dia 5 de março, foi condenado a 47 anos de reclusão. A defesa dele recorreu. O recurso ainda não foi apreciado pelo Tribunal de Justiça.
“Sou inocente”, disse David no julgamento. “Eu nem conhecia o morro. Fui lá com o André porque ele queria comprar maconha. Mas eu não uso drogas.”
David chegou a servir no Exército dos EUA
Condenado por homicídio em briga de facções em Florianópolis, o produtor chegou a servir no Exército dos Estados Unidos e teria participado da Guerra do Afeganistão.
David foi para os Estados Unidos porque a mãe casou com um norte-americano e entrou para o exército quando completou 18 anos. Ele serviu de 2008 a 2013 e teria sido soldado do país na Guerra do Afeganistão. Por conta de uma lesão física, ele saiu do exército e retornou para Florianópolis.
Por volta de 2014, ele estava trabalhando com a família no Riozinho, na praia do Campeche. Após a passagem pelos EUA, David obteve dupla cidadania e ficou conhecido como “O Americano”.
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