Filipe Bragança viveu Amyr Klink sob olhar do navegador

Klink acompanhou parte das gravações do filme e, segundo Filipe, ficou emocionado com o que viu. “Ele é um cara muito recluso, tímido. Ele fala pouco e eu acho que isso reflete também na postura dele quando acompanha o set. […] Nas vezes em que ele acompanhou, eu percebi ele muito emocionado, muito feliz com o que ele estava assistindo, muito satisfeito.”

Eu tive poucas oportunidades de falar com ele no set, mas pude perceber que ele estava muito feliz com o que estava assistindo. E ele não dá pitaco, não. Pelo contrário, assiste com muito bom humor e fica, por vezes, admirado. Ele comentou comigo: ‘Nossa, é muito grande, é muita gente trabalhando. Essa é a magia do cinema, você precisa de muita gente para fazer algo muito simples. E ele percebeu essa beleza. Filipe Bragança

O papel exigiu dieta e uma rotina de exercícios intensa, já que o navegador passou meses remando em alto-mar com uma dieta restrita. “Fiz uma dieta bastante rígida com uma rotina de ir para a academia e correr. Eu corri muito ainda, continuo correndo muito. […] Fiz aula de remo também, duas aulas de remo por semana na raia da USP. Com a preparação, os ensaios, as leituras de roteiro e a dieta, a minha vida inteira se transformou por causa desse papel.”

Filipe Bragança interpretará Amyr Klink em "100 Dias"
Filipe Bragança interpretará Amyr Klink em “100 Dias” Imagem: Divulgação

A rotina disciplinada de preparação física também fez com que Filipe, “involuntariamente”, experimentasse um pouco de solidão antes de interpretar Klink. “A dieta, as aulas de remo, os ensaios, tudo isso me deixava muito cansado e me limitava. Eu não podia sair e tomar uma cerveja, não podia sair e comer uma pizza com os meus amigos. Acabava ficando muito em casa. Então, pelos últimos três meses de preparação, antes de começar a filmar, eu comecei a viver uma vida muito reclusa, eu quase não encontrava ninguém. Eu praticamente só encontrava minha família uma vez por semana ali”, conta.

Eu me percebi encontrando uma solidão, que logo se transformou em uma solidão prazerosa. Então, encontrei a solitude. Acho que é parte do que o Amyr passa. Involuntariamente, por causa do preparo físico, eu meio que visitei esse preparo mental, psicológico, emocional para o personagem. Filipe Bragança



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