Em 1 ano, mortos na Guerra Israel-Hamas superam população de 87% das cidades de SC

Ao vivo - Cidade Alerta SC

O ataque sem precedentes do grupo islamista Hamas em solo israelense completa um ano nesta segunda-feira (7). Desde então, a Guerra Israel-Hamas já deixou mais de 42 mil mortos, número que supera a população de 87% das 295 cidades de Santa Catarina.

Soldado israelense em local destruído pela Guerra Israel-HamasO número de mortos na Guerra Israel-Hamas é maior que a população de 87% dos municípios catarinenses – Foto: Reprodução/Forças de Defesa de Israel

As Forças de Defesa de Israel divulgaram nesta segunda-feira que 782 soldados morreram em combate na Faixa de Gaza e nos ataques do Hamas desde 7 de outubro de 2023, quando os ataques do Hamas mataram 1,2 mil pessoas no sul do país.

“A dor não desaparece, ao contrário, apenas se intensifica”, declarou Doron Journo à AFP. Ele perdeu a filha Karin, de 23 anos, no ataque.

Na ocasião, o grupo islamista também capturou 251 pessoas, das quais 97 permanecem reféns em Gaza e 34 delas teriam morrido, segundo Israel. Em resposta, o Exército de Israel lançou uma poderosa ofensiva para destruir o Hamas.

Bombardeio da Guerra Israel-HamasOs ataques do dia 7 de outubro de 2023 despertaram a Guerra Israel-Hamas – Foto: Mahmud Hams/AFP/ND – Foto: AFP/ND

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza divulgou que 41.909 pessoas morreram no território palestino desde o início da Guerra Israel-Hamas, há um ano.

“Sentimos como se o mundo tivesse parado em 7 de outubro”, disse o palestino, Israa Abu Matar, 26 anos.

Ismail Haniyeh, líder do Hamas assassinado quando estava no IrãIsmail Haniyeh, líder do Hamas, foi assassinado no Irã no dia 31 de julho – Foto: SAID KHATIB/AFP/ND

Vigílias e cerimônias em homenagem às vítimas marcaram o aniversário dos ataques do Hamas em Israel. Enquanto o país se reunia, o exército israelense intensificou a ofensiva aérea e terrestre contra o Hamas em Gaza e contra o Hezbollah no Líbano.

Ainda nesta segunda-feira, o Hamas anunciou que disparou mísseis contra Tel Aviv, capital de Israel. Haifa, a terceira maior cidade do país, também foi atingida por mísseis do Hezbollah durante a madrugada.

Brasileiros no Líbano são repatriados em meio à Guerra Israel-Hamas

No domingo (6), um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, com 228 brasileiros repatriados do Líbano. Eles foram recepcionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que criticou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Um avião com 228 brasileiros repatriados a bordo desembarcou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, no domingo (6) - Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

Um avião com 228 brasileiros repatriados a bordo desembarcou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, no domingo (6) – Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

O conflito se intensificou com a atuação do Hezbollah, organização islâmica libanesa - Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

O conflito se intensificou com a atuação do Hezbollah, organização islâmica libanesa – Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

Cerca de 3 mil pessoas manifestaram interesse em voltar ao Brasil, diante da Guerra Israel-Hamas - Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

Cerca de 3 mil pessoas manifestaram interesse em voltar ao Brasil, diante da Guerra Israel-Hamas – Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

A aeronave da FAB voltou ao Líbano nesta segunda-feira para trazer mais cidadãos ao Brasil - Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

A aeronave da FAB voltou ao Líbano nesta segunda-feira para trazer mais cidadãos ao Brasil – Reprodução/Ricardo Stuckert/PR

“Nós tivemos uma punição muito dura contra o ato do Hamas de invadir Tel Aviv, mas nós temos uma punição muito dura contra o comportamento do governo de Israel matando inocentes, mulheres, crianças, sem nenhum respeito com a vida humana. É uma forma que o Netanyahu encontrou para ficar no poder. É se vingar dos palestinos”, declarou o presidente Lula.

Nesta segunda-feira, o avião da FAB retornou a Beirute, no Líbano, para uma nova etapa da chamada “Operação Raízes do Cedro”. A aeronave deve resgatar uma segunda leva de cidadãos que pediram ajuda ao governo brasileiro.

Mirna tinha apenas 16 anos e morava com os pais e três irmãos mais novos no Líbano - Arquivo Pessoal

Mirna tinha apenas 16 anos e morava com os pais e três irmãos mais novos no Líbano – Arquivo Pessoal

Mãe de catarinense morta no Líbano chega ao Brasil com seus três filhos - Jacqueline/ Arquivo Pessoal

Mãe de catarinense morta no Líbano chega ao Brasil com seus três filhos – Jacqueline/ Arquivo Pessoal

Ali Kamal Abdallah, paranaense de 15 anos, morreu após bombardeio no Líbano - Redes Sociais/ Reprodução/ ND

Ali Kamal Abdallah, paranaense de 15 anos, morreu após bombardeio no Líbano – Redes Sociais/ Reprodução/ ND

Dois adolescentes brasileiros morreram no Líbano em decorrência da Guerra Israel-Hamas. Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, natural de Foz de Iguaçu, Paraná, e Mirna Raef Nasser, de 16 anos, que nasceu em Balneário Camboriú, Santa Catarina, foram vítimas de um bombardeio.

Líderes mundiais lamentam situação da Guerra Israel-Hamas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, lamentou os mortos na Guerra Israel-Hamas e ressaltou a promessa de trazer de volta os reféns mantidos em Gaza.

“Neste dia, neste lugar, e em muitos lugares em nosso país, lembramos nossos mortos, nossos reféns, que somos obrigados a trazer de volta, e nossos heróis que caíram em defesa da pátria e da nação. Passamos por um terrível massacre há um ano”, lamentou Netanyahu.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin NetanyahuLula disse que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quer “se vingar dos palestinos” – Foto: Amos Ben Gershom/GPO/Fotos Públicas

Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden definiu os ataques de 7 de outubro de 2023 como “o dia mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto”.

“Acredito que a história também lembrará 7 de outubro como um dia sombrio para o povo palestino por causa do conflito que o Hamas desencadeou”, disse o presidente em comunicado oficial.

Joe Biden também reforçou o apoio a Israel e declarou o compromisso em trabalhar por um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Presidente dos Estados Unidos Joe BidenOs Estados Unidos, aliados de Israel, reforçaram o “direito de defesa contra o Hamas” – Foto: X/ Reprodução/ ND

Já o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, manifestou preocupação com o andamento da Guerra Israel-Hamas e as consequências para a região.

“Um ano depois do terrível ataque contra Israel, a situação só piora. O povo da região está mais inseguro do que nunca e está preso em um ciclo interminável de violência, ódio e vingança. Todo o Oriente Médio está à beira de uma conflagração total que a comunidade internacional parece incapaz de controlar”, alertou Borrell.

*com informações da AFP



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