Esquerda ganha um assento e direita se radicaliza na Câmara de SP

São Paulo — A nova composição da Câmara Municipal da capital, após as eleições deste domingo (7/10), trará o bloco de esquerda com uma vaga a mais do que na legislatura atual e o bloco de direita preenchido por parlamentares com um discurso mais radical.

O partido que mais cresceu em relação às eleições passadas foi o MDB, legenda do prefeito Ricardo Nunes. Em 2020, o partido havia eleito três parlamentares. Agora, foram sete.

A atual bancada emedebista no legislativo, contudo, é constituída por 11 parlamentares. Isso ocorreu porque o partido absorveu cinco dos oito vereadores que haviam sido eleitos pelo PSDB na disputa passada e deixaram a legenda em março deste ano, por discordarem da decisão do diretório nacional do partido de concorrer às eleições com candidato próprio, José Luiz Datena, em vez de apoiar Nunes.

O partido que mais encolheu foi justamente o PSDB, que, pela primeira vez em sua história, ficará sem representantes na capital paulista, cidade onde foi fundado. Nas eleições passadas, oito tucanos haviam obtido vaga na Câmara. Neste ano, nenhum.

Entre os partidos de oposição à esquerda, PT e PSOL mantiveram o mesmo tamanho de bancada em relação às eleições passadas, com oito e seis representantes, respectivamente. O PSB, de Tabata Amaral, manteve dois assentos, mesmo número da eleição anterior. O PV manteve um representante, Roberto Tripoli. A Rede, que forma uma federação com o PSOL, também elegeu representante neste ano, Marina Bragante.

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Candidato à reeleição, Ricardo Nunes vota na zona sul

Candidato à reeleição, Ricardo Nunes vota na zona sul
Candidato à reeleição, Ricardo Nunes vota na zona sul
Tarcísio de Freitas faz coletiva ao lado de Ricardo Nunes após votação do 1º turno
O candidato à prefeitura Ricardo Nunes (MDB) vota em sua seção eleitoral na zona 246
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Nunes vota em São Paulo

Bruno Ribeiro/ Metrópoles

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Candidato à reeleição, Ricardo Nunes vota na zona sul

Ettore Chiereguini / Especial Metrópoles

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Candidato à reeleição, Ricardo Nunes vota na zona sul

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Candidato à reeleição, Ricardo Nunes vota na zona sul

Ettore Chiereguini / Especial Metrópoles

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Tarcísio de Freitas faz coletiva ao lado de Ricardo Nunes após votação do 1º turno

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O candidato à prefeitura Ricardo Nunes (MDB) vota em sua seção eleitoral na zona 246

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Ricardo Nunes (MDB)

Ettore Chiereguini / Especial Metrópoles

O União Brasil, que na esfera nacional faz parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na capital foi responsável pelo ingresso de vereadores de direita com pautas mais radicais. Ao todo, o partido do atual presidente da Câmara, Milton Leite, cresceu um assento, indo de seis para sete vereadores. Cinco dos eleitos são estreantes no Legislativo.

Neste grupo, há nomes associados a pautas radicais e polêmicas, como a integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Amanda Vettorazzo e o ex-BBB Adrilles Jorge. Eles estarão ao lado do vereador Rubinho Nunes, um dos reeleitos, que, na legislatura atual, obteve destaque ao propor uma investigação contra o padre Júlio Lancellotti e um projeto de lei que previa multa a cidadãos que doassem comida a moradores de rua.

Das novas caras da direita, o destaque é o bolsonarista e também membro do MBL Lucas Pavanato, vereador mais votado neste ano. O ex-policial militar da Rota, Sargento Nantes, foi eleito pelo PP, partido que também elegeu a professora de Direito Janaína Paschoal, que se notabilizou por ter escrito o parecer que embasou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

Já o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, que subiu de dois para sete vereadores, elegeu a ex-apresentadora da rádio Jovem Pan, Zoe Martinez, bolsonarista de origem cubana.

Novo tamanho das bancadas

  • PT: 8
  • PL: 7
  • União Brasil: 7
  • MDB: 7
  • PSol: 6
  • Podemos: 6
  • PP: 4
  • PSD: 3
  • Republicanos: 2
  • PSB: 2
  • Novo: 1
  • Rede: 1
  • PV: 1



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