Ganhadores do Nobel de Física alertam para avanços recentes da IA

Hopfield e o britânico-canadense Hinton, conhecido como “o padrinho da IA”, ganharam, nesta terça, o prêmio Nobel de Física por seu trabalho pioneiro sobre as bases da inteligência artificial, e ambos alertaram sobre a tecnologia que ajudaram a criar.

As pesquisas dos dois sobre as redes neurais que remontam à década de 1980 abriram o caminho para os sistemas de aprendizagem profunda de hoje, que prometem revolucionar a sociedade, mas geram temor por seus alcances.

O próprio Hinton, de 76 anos, conhecido como um pessimista da IA, voltou a alertar para os riscos, nesta terça, durante uma coletiva de imprensa na Universidade de Toronto, da qual é professor emérito.

“Se você olhar ao redor, há muito poucos exemplos de coisas mais inteligentes que são controladas por coisas menos inteligentes, o que faz com que você se pergunte se, quando a IA for mais inteligente que nós, assumirá o controle…”, disse ele aos jornalistas.

Ele também admitiu que atualmente é impossível saber como escapar dos cenários catastróficos, e “por isso precisamos de mais pesquisas urgentemente”. 

“Nossos melhores pesquisadores jovens, ou muitos deles, deveriam trabalhar na segurança da IA, e os governos deveriam obrigar as grandes empresas a proporcionar as instalações necessárias para fazê-lo”, acrescentou.



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