catarinense que mora nos EUA evacua casa e relata preocupação; ‘que passe logo’

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O catarinense João Maciel e a esposa Roseli Laskosk, moram nos EUA (Estados Unidos da América) e nesta quarta-feira (9) precisaram evacuar a casa onde vivem em Sarasota, para fugir do olho do furacão Milton, que deve tocar o solo da Florida entre essa quarta e quinta-feira (10).

catarinense João Maciel a esposa e os amigos brasileiros que evacuaram a casa após chegada do furacão Milton João Maciel e a esposa Roseli Laskosk estão abrigados na casa de amigos. – Foto: João Maciel/Reprodução/ND

Com a ameaça iminente de uma das tempestades mais poderosas dos últimos 100 anos no país, o apelo do governo e mídia local é justamente para que os moradores evacuem as zonas de risco.

Maciel, que é natural de Chapecó, no Oeste catarinense, e a esposa estão agora na casa dos amigos e casais de brasileiros Jânio da Silva e Nathalia Zanelatto e Elvis Ramos e Fernanda Reis, em Cape Coral, distante cerca de 1h30 de Sarasota.

O local é considerado zona verde, ou seja, deve sofrer menos os impactos do furacão Milton, ao contrário de Sarasota, que é considerada zona vermelha e deve ser uma das regiões mais atingidas.

Além da casa onde vive em Sarasota, o chapecoense tem outras residências em Lehigh Acres e em Orlando, que também precisaram ser fechadas para garantir a segurança.

Segundo o catarinense, a apreensão de todos é para que o furacão Milton passe logo. Carros foram estacionados em frente aos portões das casas para tentar minimizar os impactos do fenômeno climático.

“O sentimento não é de medo e nem desespero porque aqui acontecem furacões com frequência, mas queremos que passe logo, porque aqui todo mundo trabalha e precisa continuar”, relatou em entrevista ao ND Mais. 

Chuva e ventos fortes começam com a proximidade da passagem do furacão Milton. – Vídeo: João Maciel/Reprodução/ND

Procura por mantimentos aumenta com a passagem do furacão Milton

Maciel conta que desde segunda-feira a procura por mantimentos e também gasolina aumentou. Em alguns supermercados é possível ver gôndolas de produtos vazias, assim como postos de combustíveis fechados, devido à falta de gasolina.

gôndolas de mercado vazias com a chegada do furacão miltonGôndolas de supermercados já estão vazias. – Foto: João Maciel/Reprodução/ND

“Em alguns mercados não se encontra mais água. O pessoal compra para abastecer um mês. O consumo aumenta muito e, às vezes, faltam as coisas”, relata.

Segundo o chapecoense, a maior preocupação é com o período pós-furacão. “O problema é pós-furacão porque em muitos locais as estradas ficarão trancadas devido aos entulhos. Alguns lugares chegam a ficar de 15 a 20 dias sem energia elétrica”.

Gôndolas de supermercados já estão vazias. – Vídeo: João Maciel/Reprodução/ND

Gôndolas de supermercados já estão vazias. – Vídeo: João Maciel/Reprodução/ND

Chapecoense presenciou a passagem do furacão Ian

Em setembro de 2020, o chapecoense também presenciou a passagem do furacão Ian. Na época, nos telejornais, os alertas eram de que o furacão que se aproximava chegaria com a força da categoria 4 e foi o que aconteceu. O furacão passou com maior intensidade, deixando rastros de destruição com ventos que chegaram a 250 km/h.

O que se sabe sobre o furacão Milton

O furacão Milton ainda não tocou o solo, mas avança pelo Golfo do México em direção aos Estados Unidos. Em território mexicano, a estimativa é de que ele cause ondas de até 1,5 metro e, por isso, atividades não essenciais foram suspensas em Yucatán, uma das áreas atingidas.

furacão milton visto do espaço Furacão Milton visto do espaço – Foto: Reprodução/ND

Em pronunciamento na terça-feira (8), o presidente Joe Biden fez um apelo para que os moradores de áreas sob alerta deixem suas casas. “É uma questão de vida ou morte”, apelou. “Esta pode ser a pior tempestade a atingir a Flórida em mais de um século”.

Jane Castor, prefeita de Tampa, uma das cidades provavelmente atingidas pelo furacão, foi ainda mais incisiva: “se você escolher ficar em uma dessas áreas de evacuação, você vai morrer”, disse em entrevista, orientando que as pessoas deixem as suas casas quanto antes.



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