Israel atirou em soldados da paz no Líbano, afirma ONU

Foto: UN Photo/Pasqual Gorriz

O exército israelense atirou em soldados de paz das Nações Unidas nesta quinta-feira na região sul do Líbano, ferindo dois soldados da Indonésia, no que a ONU chamou de “grave violação do direito internacional humanitário”.

“Esta manhã, dois soldados da paz ficaram feridos depois que um tanque Merkava da IDF disparou sua arma em direção a uma torre de observação na sede da Unifil (Força Interina da ONU no Líbano) em Naqoura, atingindo-a diretamente e fazendo-os cair”.

“A sede da Unifil em Naqoura e posições próximas foram atingidas repetidamente”, disse a missão da ONU em um comunicado. Os soldados integram a missão que opera ao longo da “Linha Azul” de separação entre os dois países que patrulham, determinada pelo Conselho de Segurança.

A ONU destacou que os ferimentos não eram graves, mas que os soldados permanecem hospitalizados.

Ação deliberada

De acordo com informações da Unifil, soldados da IDF atiraram deliberadamente e desativaram as câmeras de monitoramento de perímetro da posição nesta quarta-feira.

A IDF atirou de forma deliberada na UNP 1-32A, onde reuniões tripartites regulares eram realizadas antes do início do conflito, danificando a iluminação e uma estação de retransmissão.

“Nos últimos dias, vimos incursões de Israel no Líbano em Naqoura e outras áreas”, disse a missão da ONU. “Soldados da IDF entraram em confronto com elementos do Hezbollah no solo no Líbano”, e um drone da IDF foi observado voando dentro da posição da ONU até a entrada do bunker.

“Lembramos a IDF e todos os atores de suas obrigações de garantir a segurança do pessoal e da propriedade da ONU e respeitar a inviolabilidade das instalações da ONU em todos os momentos”, disse a missão da ONU. “Estamos acompanhando a IDF sobre esses assuntos”.

Os soldados da paz da ONU estão presentes no sul do Líbano para apoiar o retorno à estabilidade sob um mandato do Conselho de Segurança de 2006. Qualquer ataque deliberado a soldados da paz é uma violação grave do direito internacional humanitário e da resolução 1701 do Conselho de Segurança, de acordo com a Unifil.

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