Documentaristas encontram pé de alpinista desaparecido há 100 anos no Everest
Uma equipe de documentaristas da National Geographic encontrou um pé que pode pertencer a um alpinista que desapareceu há 100 anos no Monte Everest. O achado foi divulgado nesta sexta (11/10).
Há fortes indícios de que o pé seja de Andrew Comyn Irvine – ou Sandy, como era conhecido. Em junho de 1924, Irvine e o seu parceiro George Mallory desapareceram enquanto tentavam se tornar as primeiras pessoas a chegar ao topo da montanha mais alta do mundo. Os restos mortais de Mallory foram achados por um alpinista em 1999, mas o corpo de Irvine nunca foi encontrado.
A meia encontrada dentro da bota está bordada com as palavras “A.C. Irvine”. Para confirmar o achado, autoridades britânicas estão verificando a identidade do pé por meio de uma amostra de DNA.
A descoberta do pé foi feita quando a equipe descia a geleira Central Rongbuk, na face norte do Everest, em setembro. O grupo, liderado pelo fotógrafo e alpinista Jimmy Chin, encontrou um cilindro de oxigênio marcado com a data 1933. A expedição deste ano, nove anos após o desaparecimento de Mallory e Irvine, também não chegou ao topo, mas encontrou um machado de gelo que pertencia a Irvine no alto da crista nordeste, bem abaixo de onde Mallory foi encontrado.
A equipe da National Geographic mapeou a área ao redor e percorreu uma rota através das dobras e fendas da geleira. Foi quando encontraram a bota. Chin declarou:
“Acho que ela literalmente derreteu uma semana antes de a encontrarmos”.
Ele completou:
“Às vezes, na vida, as maiores descobertas ocorrem quando você nem está olhando. Este foi um momento monumental e emocionante para nós e para toda a nossa equipe em campo, e esperamos que isso possa finalmente trazer paz de espírito para seus familiares e para o mundo do alpinismo em geral”.
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Julie Summers, sobrinha-neta de Irvine, afirmou que ficou emocionada e chorou quando Chin lhe contou sobre a descoberta:
“Que a bota é dele, não há dúvida, graças à etiqueta com o nome na meia. E só por diversão, as faturas tanto da bota quanto das meias de lã de cordeiro estão no arquivo do Merton College, Oxford. Há até uma fotografia de Sandy secando suas meias em Shekar Dzong na coleção da Royal Geographical Society. Às vezes, a história se junta lindamente, como uma lã perfeitamente tricotada. E acontece que as roupas importam”.
Andrew Comyn Irvine tinha apenas 22 anos quando desapareceu no Everest. Ele e o seu parceiro George Mallory foram vistos com vida pela última vez em 8 de junho de 1924. Irvine levava uma câmera, que supostamente poderia comprovar que eles teriam sido os primeiros a chegar ao topo do Everest, mas a câmera, assim como seu corpo, nunca foram achados, o que virou um grande mistério ao longo do século XX.
Oficialmente, os primeiros a pisar no topo do Everest foram o alpinista inglês Edmund Hillary e o guia nepalês Tenzing Norgay, e a façanha só foi alcançada em 1953.
Com informações de UOL.
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