o acordo Vasco e 777 que flopou

Também se sabia que havia uma obrigação de investimento mínimo no futebol. Pelos dois primeiros anos, eram R$ 360 milhões, isto é, R$ 180 milhões por ano. Na atual temporada, o clube teria direito a R$ 250 milhões, entre contratações e folha salarial.

Isso explica a janela de transferências robusta do Vasco no início do ano antes da derrocada financeira da 777.

A partir de 2027, a promessa era de que o Vasco teria o orçamento top 5 do Brasil. Essa informação era até conhecida. A questão é que não se sabia que a redação do texto falava em “envidar os maiores esforços”. Ou seja, não era uma garantia de ficar no top 5 financeiro do Brasil, era uma promessa vaga.

As metas esportivas – como classificação à Libertadores, títulos nacionais, etc – condicionavam a distribuição de dividendos na empresa.

Havia, sim, bloqueios feitos pelos investidores para afastar o Vasco da concorrência. O clube não poderia vender ações – tinha ficado com 30% do total – para grupos concorrentes de times. São citados na cláusulas como vetados o Grupo City, o Eagle Holdings (grupo de John Textor, que tem o Botafogo), o Red Bull, o MCO, do Liverpool.

Dos aportes previstos, a 777 Partners investiu apenas R$ 310 milhões. Pelo contrato, o Vasco tem direito de diluir o capital do investidor por meio de bônus de subscrição por conta da inadimplência de aportes – essa inadimplência se caracterizaria agora em outubro, já que em setembro deveria haver investimento.



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