Presidente da Enel não dá prazo para volta de energia: “O mais rápido”

Imagem colorida de homem branco grisalho com camisa social branca. Ele fala em frente a um microfone e, ao fundo, está um letreiro escrito Enel - Metrópoles

São Paulo — O presidente da Enel em São Paulo, Guilherme Lencastre, se negou a estabelecer um prazo para que a energia seja reestabelecida para 1,6 milhão de clientes que continuam sem luz na região metropolitana mais de 15 horas depois da tempestade desta sexta-feira (11/10).

“Tem muitas variáveis aqui e eu não quero colocar para vocês uma expectativa que seja frustrada. Eu preciso trabalhar com o avanço dessas ações, a gente precisa olhar de forma bem efetiva na mobilização das equipes, atuação nas áreas críticas”, disse o executivo em entrevista coletiva aos jornalistas na manhã deste sábado (12/10). “Estamos trabalhando desde ontem de forma ininterrupta e incansável para enfrentar os danos causados pelo evento [climático]”.

1 de 4

Árvore caída no bairro Jaguaré, na zona oeste

Camila Olivo/ Metrópoles

2 de 4

Queda de árvore em Perdizes, bairro na zona oeste de SP

Luiz Vassalo/ Metrópoles

3 de 4

Entrada de condomínio residencial interditada pela queda de árvores

Jéssica Bernardo/ Metrópoles

4 de 4

Condomínio residencial na zona sul de SP

Jéssica Bernardo/ Metrópoles

Lencastre afirmou que 17 linhas de alta tensão foram impactadas pela tempestade. Uma delas, na zona oeste da cidade, foi atingida por uma árvore de grande porte. Dois helicópteros estão sendo utilizados pela Enel para sobrevoar as regiões afetadas e identificar quais reparos serão necessários. “Quando a gente conseguir resolver esse problema nas linhas de transmissão de alta tensão, tem uma quantidade de carga ali importante que a gente vai conseguir resolver”.

Segundo o executivo, 1,6 mil funcionários da Enel estão nas ruas trabalhando para retomar o fornecimento de energia.

As zonas sul e oeste da capital paulista são as mais prejudicadas neste momento. Segundo o diretor de manutenção e operação Vicenzo Ruotolo, os bairros Jardim São Luís, Pedreira, Campo Limpo, Jabaquara, Santo Amaro, Ipiranga e Vila Andrade, na zona sul, e Pinheiros, na zona oeste, são os que possuem situação mais crítica. As cidades de Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo, Santo André e Diadema também têm cenário crítico.

Lencastre disse que o dano na rede é “diferente” do que aconteceu em novembro de 2023, quando milhares de paulistanos ficaram sem energia por mais de uma semana, mas não explicou se a situação atual é pior que a anterior. Apesar disso, o executivo disse que a Enel está “mais preparada” do que antes e que contratou eletricistas próprios depois do evento no ano anterior.

“É claro para nós que os eventos climáticos extremos vieram e vão continuar acontecendo. A gente precisa estar mais bem preparado e nós, esse ano, estamos mais bem preparados do que o ano passado. A nossa prontidão foi maior porque a gente estava com os nossos critérios de emergência e de contingência também adaptados a situações como essa, mas os efeitos foram, de fato, muito relevantes”, afirmou Lencastre.

Segundo ele, equipes da Enel no Ceará e no Rio de Janeiro estão a caminho para reforçar as equipes de São Paulo. A concessionária também colocou 500 geradores à disposição das prefeituras. “Estamos conversando com outras concessionárias vizinhas, buscando infraestruturas, tanto de equipe quanto de material, para atuação no curtíssimo prazo, para reestabelecer o mais rápido possível para os nossos clientes”, afirmou Lencastre. Desde a noite desta sexta, a companhia já recebeu mais de um milhão de chamados de clientes por falta de energia.



Post Comment

You May Have Missed