‘Tocar para crianças é uma delícia’

Vitor Araújo e Arnaldo Antunes ainda falaram sobre como foi “equilibrar” as sonoridades de voz e piano na gravação de “Lágrimas do Mar”. “Ficou sinfônico. Às vezes ele usa uns pedais, o piano soa como se fosse um baixo, uma percussão. Às vezes é um piano preparado que muda a timbragem toda”, explica Arnaldo.

Vitor diz que, por conta disso, muitas pessoas perguntam quem teria gravado certos instrumentos que, na realidade, não existem nas músicas. “Muitas pessoas perguntam quem no disco gravou o contrabaixo — mas não é contrabaixo, é piano”, lembra.

Ele diz que algumas músicas foram “mais difíceis” de trazer para o ao vivo por conta dessa sonoridade experimental. “Eu tenho um pedal de loops e vou fazendo uma série de loops. Tem uma série de coisas que eu faço, usando palheta”, explica.

Arnaldo diz que sua forma de interpretar a música mudou depois que se permitiu ter essa “liberdade de tempo”. “Fui acostumado a cantar no tempo rígido de uma banda”, explica. “Quando você canta só com piano, a gente vai surfando junto, podendo estender uma nota quanto quiser […] Cada show é meio de um jeito, cada música, cada execução? isso é um prazer. É um jeito de interpretar que pra mim foi uma descoberta surpreendente”.

No Tom

No novo programa de Toca, Zé Luiz e Bebé Salvego entrevistam artistas de diferentes vertentes num papo cheio de revelações, lembranças e muito amor pela música. Assista ao programa completo com Vitor Araújo e Arnaldo Antunes:



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