Mulher encontra corpo de marido em armário oito meses após ele desaparecer, nos EUA

Segundo a revista People, a casa de Jennifer foi revistada várias vezes pela polícia, inclusive com o auxílio de cães farejadores. Apesar dos esforços, o paradeiro de Richard permaneceu desconhecido. A situação ficou ainda mais intrigante quando ela e os policiais notaram um forte odor na casa, semelhante a esgoto. Suspeitando que o cheiro poderia estar relacionado a problemas no encanamento, a mulher chamou um encanador, que também não conseguiu identificar a fonte exata do mau cheiro. Eles chegaram a colocar uma tampa em um cano de esgoto no porão, o que inicialmente pareceu resolver o problema.

“O cheiro não tomou conta da casa inteira, era muito, muito confuso e tudo, porque não tem porão nem nada. Além disso, tenho quatro cachorros e um gato vagando por aí, então você sente muitos cheiros diferentes. E também, meu nariz estava me incomodando na época também”, explicou.

Com o passar dos meses, Jennifer vasculhou os diários e cadernos do marido, na esperança de encontrar alguma explicação para o que poderia ter acontecido, mas não conseguia uma resposta. A descoberta ocorreu em dezembro de 2022, quando a mulher decidiu montar a árvore de Natal. Ao buscar enfeites guardados em um armário escondido embaixo da escada — um espaço que ela e a polícia não haviam verificado anteriormente —, Jennifer se deparou com o corpo mumificado de seu marido.

“Eu sei que pode parecer estranho. Eu estava apenas tentando descobrir a melhor maneira de comemorar os feriados sem saber o paradeiro do meu marido. Eu estava pensando nisso por semanas antes de decidir colocar algumas decorações de Natal, para me colocar mais no espírito natalino e homenagear meu marido, de certa forma. Os feriados do ano passado foram difíceis de comemorar enquanto o desaparecimento de Rich não foi resolvido”, relembrou.

Richard havia cometido suicídio, e o corpo, em estado avançado de decomposição, foi encontrado após oito meses. O relatório do legista do Condado de Madison confirmou a causa da morte e não encontrou sinais de violência que sugerissem outra explicação. De acordo com as autoridades, o estado de mumificação do corpo pode ter dificultado a identificação imediata da fonte do mau cheiro durante as buscas anteriores.

Alguns membros da família de Richard questionaram como a polícia pôde deixar de perceber a descoberta que Jennifer fez mais tarde. “Erros foram cometidos, e eu quero respostas”, disse a irmã de Richard, Marilyn Toliver, ao St. Louis Post-Dispatch. “Eu deveria ter gritado desde o começo, mas fui enganada pelo departamento de polícia que dizia que eles estavam fazendo o trabalho deles e procurando por ele”, reclamou.

De acordo com a revista, a residência do casal foi descrita como uma “casa de acumuladores”, o que complicou as tentativas de localizar Richard. Jennifer afirmou que o acesso ao armário onde o corpo foi encontrado era difícil, e que, por isso, o cheiro acabou sendo absorvido pelo ambiente fechado. “A forma como eles colocaram no relatório do legista é que era um cômodo escondido, então é mais do que provável que isso tenha absorvido a maior parte do cheiro de lá. Só para entrar lá, tive que tirar uma parte das minhas roupas do armário e escalar todas as coisas que estavam lá dentro. Eu tinha uma lanterna, então abrir a porta e vê-lo lá foi um choque total”, descreveu a mulher.

A esposa contou que apesar de ter tido problemas de saúde mental no passado, Richard nunca havia verbalizado intenções de tirar a própria vida e havia mencionado que procuraria ajuda. Dois meses antes de ele desaparecer, Jennifer disse que recebeu uma mensagem de texto do marido. “Ei, acabei de fazer minha boa ação do dia”, lembrou, dizendo a ela depois de pegar um estranho na beira da estrada na chuva para dar uma carona a ele. Richard era fã de hóquei e beisebol, e também costumava dar presentes dos times locais para residentes dos lares para pessoas com deficiência onde trabalhava.

IMPORTANTE: Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais ou considerando o suicídio, ligue para o “Centro de Valorização da Vida” pelo número 188. O CVV realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Para mais informações, clique aqui.

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