o que se sabe sobre o ataque do PCC
Após 48h da interceptação de uma carta do PCC (Primeiro Comando da Capital), que cita o nome de Marcola e descreve um plano para matar agentes penitenciários, quatro ataques a policiais foram registrados. Um deles resultou na morte de um agente. A polícia investiga se os casos têm relação direta com a facção criminosa.
A carta solicitava que os membros da organização criminosa conseguissem o nome e bairro onde residiam dois agentes penitenciários. A cúpula da facção se encarregaria do resto. O prazo para o envio das informações descrito no texto era de 30 dias, terminando nesta quinta-feira (17). A suspeita, porém, é que os ataques já estejam acontecendo.
Agente penitenciário morreu em acidente entre carro e moto
Na última sexta-feira (11), um policial morreu após acidente de trânsito em Assis, interior de São Paulo. Ele estava de moto quando uma caminhonete o atropelou. O agente foi identificado como Ozébio de Camargo Lima, de 50 anos. Ele estava saindo da Penitenciária de Assis, onde trabalhava.
A caminhonete foi abandonada 6 km depois do acidente com um dos pneus furados e a polícia tenta identificar se a colisão foi mesmo acidente. A placa da caminhonete permitiu que a investigação chegasse ao proprietário do veículo.
No entanto, Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, considera que ainda é cedo para relacionar o acidente com as ações do PCC. “Ainda é precoce tentar alinhar a carta com as situações registradas e com a organização criminosa”, diz.
Incêndio em veículo penitenciário levantou suspeitas
Um veículo que fazia o transporte de presos foi incendiado na Vila Leopoldina, na zona oeste da capital paulista. Conforme a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o carro era conduzido por um policial penal. Alguns detentos, que retornavam de uma audiência, estavam sendo transportados.
Em certo momento, o veículo apresentou defeito mecânico e precisou parar. O trajeto continuou com outro carro. A SSP-SP apura o que teria causado o incêndio. O caso aconteceu no mesmo dia da morte do agente penitenciário em Assis.
Policial diz ter trocado tiros com criminosos em SP
O terceiro ataque registrado foi na rodovia Fernão Dias, sentido São Paulo. Em um áudio, um agente policial pede apoio após troca de tiros com “dois ladrões”.
Após o ataque, ele conseguiu escapar e chegar em um posto de gasolina. Segundo o relato do agente, os atiradores fugiram para uma comunidade.
Ataque armado em base da Polícia Militar
Uma base da Polícia Militar foi alvo de ataques com tiros na segunda-feira (14). O caso aconteceu em Guarujá, no litoral de São Paulo.
O local foi atingido por diversos disparos, que destruíram a entrada da sede militar. Os atiradores fugiram logo após o atentado. A moto usada por eles foi localizada abandonada nesta terça-feira (15). Nenhum agente da Polícia Militar ficou ferido.
A possível motivação da carta e dos ataques do PCC
A motivação dos ataques e da perseguição aos agentes penitenciários seria uma opressão sofrida pelos detentos no sistema carcerário, especialmente com o líder do PCC, Marcola. Mais de 360 agentes podem estar na lista da facção.“Os integrantes da organização criminosa, junto de amigos e de familiares, estão insatisfeitos e preocupados com as condições de saúde de Marcola no presídio federal”. Recentemente, foi divulgado que Marcola estaria com sinais de psicose por conta da alta restrição no presídio em Brasília.
*Com informações do R7
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