Kamala Harris promete descriminalizar droga, se for eleita

A menos de um mês para as eleições, a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência pelo Partido Democrata, Kamala Harris, declarou que “ninguém deveria ir para a cadeia por fumar maconha”. A afirmação foi feita nesta terça-feira (15/10) em sua conta no X.

Veja abaixo:

No mesmo dia, em entrevista ao apresentador Charlamagne tha God no programa de rádio “The Breakfast Club”, conhecido por conversas diretas com celebridades, a democrata voltou a abordar o tema, e disse vai descriminalizar o uso da droga caso seja eleita.


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Kamala, que já trabalhou como promotora de justiça, comentou sobre as desigualdades do sistema judiciário no país e como as leis atuais sobre o uso da droga são aplicadas de forma desigual entre os diferentes segmentos da população americana. Ela disse:

“Eu fui a promotora mais progressista da Califórnia em casos de maconha e não mandava pessoas para a prisão por posse simples de maconha. E, como vice-presidente, fui uma defensora de rebaixar a classificação da maconha. Então, em vez de ela ser classificada junto com a heroína, nós a rebaixamos. E minha promessa é que, como presidente, vou trabalhar para descriminalizá-la porque sei exatamente como essas leis foram usadas para impactar desproporcionalmente certas populações, especialmente os homens negros”.

Atualmente, a maioria dos estados norte-americanos já permite o porte de maconha, especialmente aqueles com um eleitorado majoritariamente jovem. Harris se torna, assim, a primeira candidata de um dos dois grandes partidos a defender abertamente a legalização da droga.

Na mesma entrevista, Kamala Harris também falou sobre os casos de brutalidade policial e assassinatos de homens negros. Ela prometeu que trabalhará para aprovar o George Floyd Policing Act, interrompido no Congresso em 2021, que estabelece regras para prevenir e corrigir o perfilamento racial das autoridades policiais dos EUA nos níveis federal, estadual e municipal.

Nos últimos dias, a democrata tem investido esforços para captar mais votos de eleitores homens negros, porque algumas pesquisas de intenção de voto mostraram que menos homens negros apoiam Harris do que apoiaram Joe Biden na eleição de 2020. Sua campanha e aliados, incluindo Barack Obama, estão trabalhando para reconquistar esses eleitores em Michigan e em outros estados decisivos que serão definidos por uma margem estreita.

Com informações de Terra e G1.



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