Candidato uruguaio Ojeda se compara a Milei, mas reivindica papel do Estado

O fenômeno é regional e não tem a ver com ser de esquerda ou direita, afirmou, e mencionou não apenas Milei, mas também os dirigentes Daniel Noboa (Equador), Santiago Peña (Paraguai), Nayib Bukele (El Salvador), Gabriel Boric (Chile) e Luis Lacalle Pou (Uruguai), “todos lideranças da nova política, que em seu território e em seu tempo romperam com tudo que havia antes”.

No entanto, Ojeda enfatizou que “a ruptura e a mudança não podem ser replicadas de uma sociedade à outra”.

“Evidentemente, Uruguai e Argentina não são iguais. Eu não acho que poderíamos trazer um enlatado Milei 100% para cá”, assinalou.

Ao contrário do mandatário ultraliberal argentino, Ojeda defendeu o papel do Estado “sobretudo em relação aos que têm menos”, e citou uma frase de Lacalle Pou, a quem admira: “O Estado tem que dar apoio aos que estão mais abaixo.”

Terceiro nas pesquisas de intenção de voto, este advogado criminalista de 40 anos se apresenta como o “desafiante” capaz de superar o candidato de Lacalle Pou, Álvaro Delgado, e passar ao segundo turno em novembro com o favorito Yamandú Orsi, da aliança de esquerda Frente Ampla, a maior força de oposição do país.

“Rompemos o molde do político tradicional”, disse, atribuindo o crescimento constante nas pesquisas à “potência da renovação” e a “falar de todos os temas”, inclusive saúde mental, bem-estar animal e meio ambiente, “que a velha política sempre classifica de superficiais”.



Post Comment

You May Have Missed