qual o verdadeiro X da questão na briga

A atitude entrou em rota de colisão com a Justiça brasileira que exigia que a plataforma moderasse conteúdos, bloqueando perfis que divulgassem mensagens de ódio e que promovessem ataques às instituições oficiais e à democracia do país.

Elon Musk reagiu acusando Moraes de atitudes ditatoriais. Ao se recusar a pagar as multas e a controlar os perfis em questão, Musk bateu de frente com Moraes que, numa atitude impositiva, ordenou o bloqueio da rede no país e congelou os ativos da Starlink, outra empresa de Musk, até que as ordens judiciais fossem cumpridas.

Vinte milhões de pessoas, que nada haviam feito de errado, da noite para o dia, se viram prejudicados pela medida, sem terem a quem recorrer.

As opiniões no país se dividiram. Parte do público deu razão a Moraes, vendo o juiz como defensor da soberania nacional. Outra parcela dava razão a Musk na sua cruzada pela liberdade de expressão. Vejo exageros em ambas as partes.

A suposta liberdade de expressão implicava em permitir a livre circulação de notícias falsas, assim como mascarava o descumprimento de medidas básicas, entre elas, a existência de um escritório de representação para o funcionamento da empresa no país.

Por outro lado, o bloqueio de contas bancárias da Starlink, outra companhia com os mesmos sócios majoritários, provocou uma insegurança jurídica ao criar um precedente perigoso para os negócios. Serviços de uma empresa em dia com suas obrigações poderiam ser prejudicados com a medida. Sem falar nos consumidores, que acabaram pagando por algo que não fizeram.



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