83% dos jovens brasileiros, de 9 a 17 anos, usam redes sociais
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Qual o impacto das redes sociais no comportamento de crianças e adolescentes? O debate sobre o assunto, além de estudos e evidências de profissionais de saúde e da comunidade científica apontam que o uso excessivo e descontrolado de plataformas digitais tem sido relacionado a sintomas de ansiedade, estresse e depressão entre jovens.
No Brasil, a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024 mostra um cenário onde a conectividade é inevitável, mas também apresenta riscos. Com 83% dos jovens entre 9 e 17 anos conectados a plataformas como WhatsApp, Instagram, TikTok e YouTube, muitos estão ultrapassando os limites de idade impostos pelas próprias plataformas e se expondo a situações arriscadas.
Entre as crianças de 9 e 10 anos que acessam a internet, 60% já possuem conta em alguma rede, embora a criação de perfis só seja permitida para maiores de 13 anos.
Esse cenário revela não apenas o descumprimento das regras de plataformas digitais, mas também a vulnerabilidade dos jovens a situações de desconforto e até risco. A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024 aponta que 29% dos adolescentes já passaram por experiências negativas nas redes sociais.
Jovens convivemcom riscos e dificuldades para se desconectar das redes sociais
O levantamento mostra que o acesso contínuo à internet também está afetando a rotina pessoal e familiar dos adolescentes. Dos jovens entre 11 e 17 anos, 22% afirmaram que o tempo gasto na internet impactou negativamente seu convívio com familiares e amigos, além de prejudicar atividades escolares.
Embora 24% dos adolescentes tenham tentado reduzir o tempo de uso, muitos não conseguiram. Esse comportamento sugere que, além da pressão social para estar online, existe uma dificuldade crescente de desconectar.
Outra preocupação é a exposição a contatos desconhecidos: 30% dos jovens relataram ter conversado com pessoas que nunca conheceram pessoalmente, levantando questões sobre segurança e privacidade.
WhatsApp, YouTube e TikTok: as plataformas mais acessadas
O WhatsApp lidera como a rede mais utilizada, sendo acessado por 71% dos adolescentes todos os dias ou quase todos os dias. O YouTube aparece logo em seguida, com 66% de uso frequente, enquanto Instagram e TikTok registram índices de 60% e 50%, respectivamente.
O celular é o principal dispositivo de acesso, usado por 98% dos entrevistados, enquanto apenas 37% utilizam o computador para navegar. Esse padrão de acesso móvel reforça o desafio de monitorar o tempo e o tipo de conteúdo consumido, já que os jovens estão conectados em qualquer lugar, a qualquer momento.
Supervisão limitada: pais e filhos vivem realidades diferentes
Outro índice que chama a atenção é que 29% dos adolescentes relataram experiências negativas nas redes, mas apenas 8% dos pais ou responsáveis afirmaram saber que seus filhos passaram por situações incômodas.
A pesquisa também revelou como os jovens lidam com situações ofensivas:
- 31% conversaram com pais ou responsáveis;
- 29% contaram para amigos da mesma idade;
- 17% procuraram apoio de irmãos ou primos;
- 13% preferiram não contar a ninguém.
Essa desconexão entre o que os jovens vivenciam online e o que os adultos percebem destaca a necessidade de fortalecer o diálogo familiar sobre o uso da internet. Sem orientação adequada, muitos adolescentes continuam lidando sozinhos com situações que podem impactar sua saúde emocional.
A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024 foi conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação. O levantamento entrevistou 2.424 jovens e seus responsáveis entre março e agosto de 2024, destacando questões comportamentais e os desafios enfrentados no ambiente digital.
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