Bitcoin ultrapassa os US$ 71 mil pela primeira vez desde junho e se aproxima de máxima histórica | Criptomoedas

O bitcoin (BTC) opera em alta nesta terça-feira (29) e ultrapassa o nível dos US$ 71 mil pela primeira vez desde 7 de junho, quando chegou a bater os US$ 71.956. Com isso, a criptomoeda se aproxima cada vez mais da sua máxima histórica, nos US$ 73.737, atingida no dia 14 de março deste ano.

Segundo o site “Coindesk”, a alta das criptomoedas desde ontem provocou uma liquidação de US$ 143 milhões em posições vendidas contra as principais moedas digitais. A zeragem pode ter contribuído para impulsionar ainda mais os ganhos, no chamado “short squeeze”.

Perto das 10h29 (horário de Brasília) o bitcoin sobe 3,2% em 24 horas, cotado a US$ 71.163 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 3,7% a US$ 2.620, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,51 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta ganhos de 3,14% a R$ 405.407, enquanto o ether avança 3,34% a R$ 14.932, de acordo com valores fornecidos pelo MB.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) sobe 1,3% a US$ 179,09, o BNB (token da Binance Smart Chain) tem alta de 1,7% a US$ 605,26 e a avalanche (AVAX) avança 1,8% a US$ 26,69.

Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, ontem foi registrado um saldo líquido positivo de US$ 479,4 milhões, no quarto pregão consecutivo de entrada de capital. O principal responsável pelos números positivos foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 315,2 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas. Entre os ETFs de ether, o fluxo foi negativo em US$ 1,1 milhão. Quem impulsionou a saída de capital foi o ETHE, da Grayscale, com US$ 8,4 milhões de saldo líquido vendedor.

Gabriel Alves, vice-presidente global de produto da Bitso, lembra que o mês de outubro costuma ser de fortes altas para o bitcoin, conforme demonstra o trocadilho “uptober” criado pelos entusiastas do setor. Segundo Alves, vários fatores já mostravam a tendência de alta no mês, como o corte de juros promovido pelo Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos em setembro, aumentando a liquidez global, e a promessa de estímulos fiscais na China.

“Aqui no Brasil acabamos de ver o bitcoin superar os R$ 400 mil pela primeira vez na história”, destaca. “Isso mostra que a forma como as moedas locais (como o real brasileiro) se comportam em relação ao dólar também tem uma parcela importante de influência no valor do bitcoin.”

Já Beto Fernandes, analista da Foxbit, alerta que as próximas semanas podem ser de muita volatilidade para o bitcoin, tanto para cima quanto para baixo, pois além da divulgação de importantes dados econômicos dos EUA também ocorrerão no dia 5 de novembro as eleições para presidente no país. “Ou seja, esses elementos podem oscilar o humor do investidor que, hoje, está voltado para o risco. O que pesa a favor de uma continuação da alta é que a demanda pela criptomoeda está forte há pelo menos três semanas”, diz.



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