Santa Catarina deve ter duas novas barragens com investimento de R$ 248 milhões
Santa Catarina deve ter duas novas barragens para evitar enchentes em um investimento de cerca de R$ 248 milhões. Os processos de licitação para as construções em Mirim Doce e Botuverá foram iniciados nesta semana pelo governo estadual e a previsão é de que as estruturas entrem em operação em dois anos.
Conforme o governo, o objetivo é controlar o fluxo de água durante os períodos de chuva intensa no Rio Taió, em Mirim Doce, e no Rio Itajaí Mirim, em Botuverá. Com isso, é possível contribuir para proteger a população e evitar danos e prejuízos à infraestrutura e aos moradores.
O governador Jorginho Mello ressaltou a importância dos projetos. “Nós estamos investindo em prevenção para garantir a segurança da população e minimizar os impactos das enchentes. Essas barragens são uma resposta a um problema histórico e um passo significativo para a proteção da nossa gente”, destacou.
Barragem no Rio Taió, em Mirim Doce
Com orçamento de R$ 93,1 milhões, a barragem de Mirim Doce será construída no Rio Taió. A obra faz parte do plano de mitigação das enchentes no Vale do Itajaí, região com uma bacia de drenagem de 15 mil km² e que é historicamente afetada por inundações devastadoras, como as que ocorreram em 1983, 1984 e 2011.
O projeto prevê uma contratação semi-integrada, em que a empresa vencedora desenvolverá desde os projetos executivos até a execução completa da obra. “O armazenamento temporário do excesso de água será crucial para reduzir a velocidade do escoamento e diminuir os danos nas áreas adjacentes”, aponta o relatório técnico realizado pela Defesa Civil.
Barragem de Botuverá, no Rio Itajaí Mirim
A barragem no Rio Itajaí Mirim, em Botuverá, tem orçamento estimado em R$ 155 milhões e segue o regime de execução indireta, também no formato semi-integrado. A barragem atuará como um importante regulador das águas na região, protegendo municípios como Botuverá, Brusque e Itajaí de enchentes que historicamente afetam a bacia do Rio Itajaí-Açu.
Esse projeto surge após estudos realizados em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão, que recomendou novas barragens como estratégia de contenção para a região.
A execução das barragens será monitorada por sistemas remotos com câmeras e relatórios audiovisuais. O acompanhamento constante por parte de órgãos de controle visa garantir transparência e segurança, com inspeções periódicas e relatórios mensais enviados à Secretaria de Estado.
Os projetos têm prazo de execução de 24 meses, com contrato vigente por 30 meses. A licitação das duas barragens ocorre no mesmo dia 18 de dezembro, apenas com horários diferentes. A expectativa é que as barragens estejam operacionais em dois anos.
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