Começa no Rio julgamento-chave do assassinato de Marielle Franco

“Ter justiça por Marielle […] é uma sinalização importante para o fortalecimento da democracia, para o aprofundamento e a garantia do exercício parlamentar dessas lideranças políticas do movimento de mulheres negras que apresentam um projeto para esse país”, acrescentou.

Mas o julgamento que começa nesta quarta-feira não atinge os supostos autores intelectuais do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ).

Presos em março, após terem sido citados em delação por Ronnie Lessa, os irmãos Brazão se apresentaram na semana passada para depor no Supremo Tribunal Federal (STF), assim como o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. 

Os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusado de obstruir a investigação após o assassinato, negaram envolvimento no crime. As investigações estão em curso.

Lessa teria matado Marielle Franco por ter se sentido “seduzido” pela oferta feita pelos irmãos Brazão em nome da milícia, de acordo com as investigações.

“O julgamento dos executores do crime é um passo importante […] Porém, só haverá justiça, de fato, quando as autoridades brasileiras garantirem que todos os responsáveis pelo crime, inclusive pelo planejamento, […] também sejam levados à Justiça em julgamentos justos”, manifestou a Anistia Internacional.



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