A estratégia do PT para os candidatos a prefeito que “quase ganharam”
Para tentar reduzir o prejuízo do mau desempenho nas eleições municipais de 2024, o PT vai apostar em quadros do partido que tiveram boas votações no pleito, mas não conseguiram se eleger.
A estratégia da sigla é reforçar sua base em cidades como Natal (RN), Cuiabá (MT) e Olinda (PE), municípios onde a legenda chegou a disputar o segundo turno das eleições, mas não levou.
A ideia é aproximar os candidatos petistas dessas capitais da executiva nacional do PT, transformando alguns deles em membros da direção do partido do presidente Lula.
A sigla pretende apostar, por exemplo, na deputada federal Natalia Bonavides. Ela cresceu na reta final da campanha para a Prefeitura de Natal, embora tenha perdido com 44,66% dos votos para Paulinho Freire (União).
Outro nome que o PT quer apostar é no do vereador Vinicius Castello. Candidato à Prefeitura de Olinda, Vinicius perdeu com 48,62% votos para Mirella Almeida (PSD), que teve 51,38%.
O PT também pretende investir em Cuiabá, onde o candidato da legenda, Lúdio Cabral, conquistou 46,2% dos votos, contra o bolsonarista Abílio Brunini (PL), que se elegeu com 53,8%.
A ideia de caciques do PT é filiar mais simpatizantes do partido nesses municípios onde a sigla teve boa votação no segundo turno, na tentativa de aumentar a base da legenda nessas regiões.
José Dirceu organizando a “casa”
Com grande influencia do partido, o ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula José Dirceu deve ajudar a organizar a legenda após eleições municipais.
A avaliação é de que o ex-ministro tem experiência para ajudar os quadros mais novos da siglas com questões relacionadas à articulação e orientação política.
Interlocutores do PT dizem ainda que, caso se eleja para a Câmara dos Deputados em 2026 e Lula seja reeleito, Dirceu vai ajudar na articulação do governo no Congresso.
Desempenho e treta entre integrantes do PT
O desempenho do PT já virou motivo de uma briga pública entre a atual presidente da legenda, a deputada Gleisi Hoffman, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Na segunda-feira (28/10), Gleisi criticou Padilha publicamente após o ministro comparar o desempenho do PT nas municipais à zona de rebaixamento do campeonato brasileiro, o Brasileirão.
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