Eleição de Harris dá vantagem a Israel e Rússia; de Trump, para China

Trump tem postura mais agressiva contra o Irã, o que em um primeiro momento agrada Israel, diz a publicação. Porém, o republicano é descrito como “volátil”, ou seja, ao mesmo tempo que ataca o regime iraniano, não demora a mudar de ideia.

Vitória de Harris também tende a ser mais benéfica à Rússia, que desde 2022 está em guerra contra a Ucrânia. O jornal cita “temor” dos ucranianos de que Trump “force um acordo de paz rápido, que seria favorável ao Kremlin”, ao mesmo tempo em que encaram com preocupação a possibilidade de Kamala limitar o apoio financeiro e militar concedido pelos EUA à Kiev.

Do outro lado do conflito, diz o NYT, o líder russo, Vladimir Putin, acredita que a diminuição do apoio norte-americano ao seu adversário é irreversível, independente de quem ganhar. Publicamente, ele declarou apoio à candidata democrata e quer chegar logo a um acordo com Kiev, que passará obrigatoriamente pela sanção dos EUA.

Na guerra fria entre EUA e China, uma vitória de Trump seria mais vantajosa à Pequim que a eleição de Kamala. Segundo o jornal, os poderosos do governo chinês enxergam como ameaça a postura do republicano em relação às tarifas sobre exportação de produtos chineses.

Pequim, no entanto, se sente pressionada pelo governo democrata em relação às alianças com seus vizinhos: Japão, Coreia do Sul, Filipinas, Índia e, sobretudo, Taiwan. Esta postura deverá ser mantida por Harris, se vencer. Por outro lado, Trump não é um ferrenho defensor de Taiwan, o que interessa ao chineses.



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