Governo fraco ficou ainda mais enfraquecido depois da eleição
O colunista destaca que, para 2026, o governo vai ter que necessariamente buscar alianças ao centro em um espectro mais amplo do que ele teve na eleição passada, porque esse centro inchou.
E o PL do Valdemar Costa Neto, do qual o Bolsonaro é um assalariado, também cresceu. E ele é um pólo já colocado para a eleição. Então vai ter uma disputa por esse centro inchado. E a impressão que eu tenho é que a chance de haver algum acordo do governo Lula com esses partidos fisiológicos para 2026, de alguma maneira, aumentou.
José Roberto de Toledo
De acordo com Toledo, as políticas de transferências de renda já não são mais suficientes para trazer votos nas eleições.
O governo está se mostrando mais disposto a negociar e a abrir mão de algumas coisas porque viu que sem esses partidos vai ser muito difícil enfrentar tentativa de reeleição em 2026. Há uma mudança no paradigma na política brasileira, aliás não é só brasileira é global. Aqueles fatores que ajudaram a reeleger o Lula em 2006, elegeu a Dilma em 2010, reelegeu a Dilma em 2014 e, de alguma maneira, reelegeu o Lula também em 2022, que são todos aqueles programas de transferência de renda que elevaram o piso socioeconômico de consumo da sociedade brasileira já não bastam, a meu ver, para eleger o Lula em 2026.
A expectativa do eleitor mudou. Ela é uma expectativa maior do que já era. Essas transferências de renda já são dados como fato consumado, direito adquirido, não é nenhum favor se o governo continuar fazendo isso. Ele [governo] vai precisar fazer mais. E para fazer mais ele vai precisar do apoio de quem detém o dinheiro.
José Roberto de Toledo
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