Sucessão na Câmara: Elmar desiste de candidatura e apoiará Hugo Motta
Após ser rifado pela cúpula do União Brasil, o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento, topou desistir de sua candidatura para apoiar Hugo Motta, do Republicanos, na disputa pelo comando da Casa em 2025.
A decisão foi tomada por Elmar durante tenso jantar na noite da quarta-feira (30/10), na casa do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda. O jantar contou com a presença de outros caciques da sigla.
Mais cedo, como noticiou a coluna, Elmar já tinha sido comunicado pela cúpula do União Brasil, durante o almoço, de que o partido havia rifado sua candidatura própria e decidido apoiar Hugo Motta.
Em troca do apoio ao candidato do Republicanos, o União Brasil deve ficar com a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara, e com a segunda vice-presidência da Casa.
O partido também negocia com o Palácio do Planalto a nomeação de Elmar para um ministério do governo Lula. O deputado baiano quer o Ministério da Integração Nacional, que já é da cota do União Brasil.
Para isso, no entanto, Elmar terá de negociar com Davi Alcolumbre (União-AP). O senador é padrinho da indicação do atual ministro da pasta, o ex-governador do Amapá Waldez Goes, que está licenciado do PDT.
O que pesou na decisão do União Brasil
Como noticiou a coluna, a cúpula do União Brasil decidiu ainda na terça-feira (29/10) rifar Elmar e apoiar Hugo Motta. Na manhã da quarta, eles se reuniram com o candidato do Republicanos para avisar a decisão.
Segundo caciques do União, pesou na decisão de rifar Elmar o amplo apoio angariado por Motta na últimas horas. O cenário tornaria a candidatura do deputado baiano inviável e deixaria o partido sem espaços na Câmara.
Diante desse diagnóstico, o União resolveu se antecipar ao PSD, que também tem um candidato na disputa da Câmara, e anunciar seu apoio a Motta para garantir uma recompensa melhor na divisão dos espaços.
União Brasil e PSD tem bancadas com tamanhos relativamente parecidos. O primeiro partido tem 59 deputados federais. Já a legenda presidida por Gilberto Kassab tem 45 parlamentares na Câmara.
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