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16 Apr 2025, Wed

Torcedora do Inter volta ao Beira-Rio após nove meses, e luta contra o câncer emociona Vitão


Fabrícia Dreyer foi uma das homenageadas pelo clube em razão do Outubro Rosa e entrou com o zagueiro na partida de quarta, contra o Flamengo Vitão manda mensagem para mulher que luta contra o câncer e entrou com ele em campo
A caminhada do túnel do vestiário que dá acesso ao gramado do Beira-Rio até o meio do campo dura poucos segundos. Na noite de quarta-feira, Vitão fez o trajeto um pouco mais devagar, mas tomado pela emoção.
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O zagueiro do Inter entrou no gramado com Fabrícia Dreyer, homenageada pelo clube em razão do Outubro Rosa. A alegria que a advogada demonstrava serviu como motivação no empate em 1 a 1 com o Flamengo.
– Foi muito lindo tudo. Amo o Inter e voltar ao jogo ontem (quarta( foi muito bom. O Vitão é um querido. Eu estava muito feliz por estar viva – comemora, em entrevista ao ge.
Vitão entra com Fabricia Dreyer no empate do Inter com o Flamengo
Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
A ação promovida pelo clube permitiu que o camisa 44 fosse brindado com uma história de superação. Após superar um câncer de mama, Fabrícia enfrenta o desafio de lutar contra outro tumor, agora no cérebro.
Enquanto caminhava à frente de Rogel e se perfilava para cantar o hino, Vitão soube que a mais nova amiga reencontrava o estádio após aproximadamente nove meses.
A advogada de 46 anos tinha a companhia do defensor, e não do andador, que virou parceiro neste período de recuperação. Os olhos marejados pelo feito que alcançava cativaram o defensor.
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Ao pegar na mão de Vitão, ganhou um sorriso e, na sequência, um abraço para cumprir o protocolo da CBF. A imagem deixava claro que não se tratava de um momento qualquer.
– Foi um prazer entrar com a Dona Fabrícia e conhecê-la um pouco. Vi nos olhos dela a felicidade e me emocionei com a nossa conversa. Torço muito pela vida dela. Que tenha sucesso. Sempre que precisar de mim, estou aqui disponível. Um grande beijo, querida – disse Vitão em vídeo enviado ao ge (confira acima).
O carinho com que Vitão se refere é uma retribuição da lição de vida que recebera. Como não distribuir carrinhos, fechar os espaços e tentar desarmar Gerson, Bruno Henrique e companhia?
O mais novo obstáculo de Fabrícia veio em um momento já de sofrimento, pouco após a morte do padrasto em Itapema, Santa Catarina, a 72 km de Florianópolis.
Precisou voltar às pressas a Porto Alegre e iniciar o tratamento. Passou por duas cirurgias e sessões de radioterapia. O cenário preocupava. A família foi chamada para uma conversa com o médico para debater a situação.
– Meus médicos dizem que foi coisa de Deus. Era para eu já ter ido embora. Não tinha mais o que fazer. Ficaria numa cama, não conseguiria falar, caminhar. Na terceira cirurgia, o médico explicou que, provavelmente, não ficaria bom. Ou tentava tudo ou ficaria no hospital o resto da minha vida – recorda.
Fabrícia Dreyer com os filhos e o sobrinho no empate do Inter com o Flamengo
Arquivo pessoal
Deu certo. A sequela ficou na voz. Algumas palavras travam na hora de pronunciá-las, mas realiza duas sessões semanais de fonoaudiologia para correção. O andador a auxilia para caminhar. Voltou a dar os passos há um mês.
Sempre digo às minhas crianças para agradecer a Deus pelo amor que tem ao nos dar a vida. A mamãe está ótima, consegue falar e caminhar.
A bênção da recuperação permitiu Fabrícia voltar a frequentar o Beira-Rio. A noite de 30 outubro ganhou um espaço no coração, já que pode torcer pelo Inter no estádio junto aos filhos gêmeos Antônia e Heitor, o irmão Alessandro Dreyer, a cunhada Carolina Monteiro e o sobrinho Francisco no Beira-Rio.
Fabrícia Dreyer e o irmão Alessandro na torcida pelo Inter
Arquivo pessoal
O fanatismo é combustível da família. Alessandro, inclusive, casou-se e batizou o filho no estádio. Nada melhor do que estar na segunda casa dos Dreyer para celebrar a vida com abraços.
– Somos muito colorados. Sempre vamos aos jogos. Ela passou o jogo emocionada – revela Alessandro.
A trajetória dos Dreyer prossegue. Fabrícia terminou a radioterapia há dois meses e agora fará sessões mensais de quimioterapia oral. O novo ciclo durará cerca de um ano, com períodos de uma semana por mês.
A força que já demonstrou será ainda maior. Fabrícia é um símbolo de vitórias e estará cada vez mais presente no Beira-Rio, que tanto ama, para torcer pelos comandados de Roger Machado. E, quem sabe, um reencontro com Vitão com mais abraços e sorrisos.
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