Como identificar se tenho bruxismo? Dentista revela sinais de alerta
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quatro em cada 10 brasileiros sofrem de bruxismo, uma condição caracterizada pelo hábito de apertar ou o ranger dos dentes. Apesar de muitas pessoas acreditarem que esse quadro se manifesta durante a noite de sono, ele também pode ocorrer durante o dia — e de forma involuntária.
Quem explica isso é a dentista Diana Fernandes. Segundo ela, o bruxismo é dividido em dois tipos: cêntrico, que é quando a pessoa apenas aperta uma arcada na outra; e o excêntrico, que é quando ela desloca a mandíbula de um lado para o outro rangendo os dentes da arcada superior com a arcada inferior.
Causas
Não há uma causa única definida para o transtorno, conforme aponta a profissional. Ela explica que a condição surge a partir de vários fatores juntos, como ansiedade e estresse emocional, quadros considerados os maiores causadores do ato de apertar e ranger os dentes de forma involuntária. “Muitas vezes, é algo imperceptível para a pessoa, que acaba descarregando força tensional nos músculo da face”, diz ela.
A especialista ainda conta que o quadro pode surgir durante a vida adulta, embora crianças também sofram com a condição.
Entre os danos listados por ela, estão:
- Desgaste dos dentes de forma geral;
- Sensibilidade dentária;
- Morte da polpa (até tratamento de canal);
- E perda do dente.
Como identificar se tenho bruxismo?
Desconfia do transtorno? Alguns sinais podem te ajudar a identificar a sua existência ou não. São eles, segundo a dentista:
- Dores na região da mandíbula e têmpora ao acordar;
- Dores na articulação da região do ouvido;
- Existência de uma linha branca e constante na parte interna da bochecha;
- Se os dentes estiverem com um desgaste das pontas de forma generalizada em todos os dentes (Por exemplo, o dente canino é mais pontudo, se você tem o hábito de ranger muito, pode perder essa ponta, deixando o dente reto);
- Dores de cabeça ao acordar.
Além disso, os sintomas do bruxismo incluem: sensação de dentes doloridos, dores de cabeça e na articulação temporo mandibular (conhecida com ATM), dor de ouvido e sensação de cansaço.
Tratamentos
O primeiro passo a tomar após identificar o bruxismo, junto a um profissional, é entender a origem desse quadro. Geralmente, indica-se o uso da placa estabilizadora, que não permite que a pessoa desloque tanto a mandíbula e ranja os dentes.
Outra opção, caso o indivíduo tenha hábito diurno ou não consiga usar a placa, é aplicar toxina botulínica na região do músculo masseter, que é o “elevador da mandíbula”, fazendo um relaxamento do músculo na região. “Em casos mais severos, sugiro a fisioterapia nessa área”, afirma.
“Por último, eu costumo analisar como está a mordida do paciente. Muitas vezes, a condição que a pessoa tem na boca, em conjunto com outros fatores como o estresse, deixa o ambiente favorável para que o bruxismo só aumente”, compartilha a especialista.
Mudança no estilo de vida pode ajudar
Para Diana, praticar esportes com frequência, ingerir bastante água e evitar bebidas com cafeína e álcool pode auxiliar no controle do bruxismo. “O ambiente em que vivemos também nos influencia muito em relação ao estresse, a exemplo do trânsito. Não dar tanta importância a pequenos problemas durante o dia a dia ajuda bastante”, aconselha.
Abaixo, a profissional dá mais recomendações:
- Dieta balanceada;
- Ter os dentes alinhados e nivelados;
- Deixar o celular carregando longe da cama e evitar qualquer tipo de luz no quarto para ter um relaxamento total antes de dormir;
- Banhos mornos à noite;
- Chá de camomila antes de dormir;
- Deixar de usar o celular 30 minutos antes de ir pra cama.
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