Diretor-geral da PF diz que investigações sobre atos de 8/1 devem acabar em novembro
Todas as investigações relacionadas aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 devem ser concluídas em novembro. Essa é a previsão do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, informada nesta sexta-feira (1º/11).
“A investigação tem o seu curso e seu prazo necessários para que a gente cumpra a nossa tarefa: autonomia da equipe de investigação, qualidade da prova e responsabilidade”, afirmou. “A equipe tem trabalhado ao longo do tempo com essas premissas e tem a expectativa de concluir, ainda neste mês de novembro, todas as investigações que dizem respeito aos ataques à nossa democracia”, completou.
A declaração foi feita no hangar da PF no aeroporto de Brasília (DF), durante assinatura de contrato de locação de dois helicópteros para uso na Amazônia. As investigações do 8 de janeiro foram abertas depois da invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Os casos tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).
Há diversas frentes de apuração com respectivos desdobramentos. Um dos investigados é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta incitação aos atos. Autoridades do Distrito Federal e de forças de segurança distritais também são alvos.
Leia mais:
PGR aponta ligação entre suposto plano de golpe de Bolsonaro e atos de 8/1
No Paraná, candidato a vereador Marcos Patriota é preso pela PF por atos de 8/1
Relatório da PF encaminhado nesta semana ao STF concluiu que houve falhas da cúpula da segurança pública do Distrito Federal nos ataques de 8 de janeiro. A corporação apontou que houve “falhas evidentes” do ex-secretário Anderson Torres e cita o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
O STF já condenou mais de 230 pessoas pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. As penas mais altas chegam a 17 anos de prisão. Os crimes envolvem golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito.
Cerca de 400 réus acusados dos crimes menos graves, como associação criminosa e incitação ao crime, confessaram a prática dos delitos e fecharam acordos com o Ministério Público para não serem condenados.
*Com informações da CNN Brasil
Post Comment