‘Exército’ de voluntários se lança para ajudar atingidos pelas enchentes em Valencia

Apesar de as autoridades terem tentado dissuadi-los, argumentando que poderiam obstruir as vias de passagem das equipes de resgate, muitos continuam a carregar suas garrafas e sacolas pelas ruas cobertas de lama que levam ao teatro municipal. 

Ali, junto a dois carros vermelhos amontoados em frente à fachada principal, foram afastados galhos e entulhos para estabelecer um ponto de distribuição de ajuda.

Após quase três dias sem água nem luz, e com todos os comércios do município devastados, dezenas de vizinhos aguardam em uma longa fila.

“O mais primordial é comida e água”, explica Ramón Vicente, de 73 anos, junto de sua esposa, ambos afetados.

Eles viveram a enchente de 1957 que inundou a cidade de Valencia, deixando dezenas de mortos e marcando gerações de valencianos até o desastre atual pulverizar todos os registros.

“Me lembro daquilo, e a cidade levou muito tempo para se recuperar”, lamenta ao lado de sua esposa, Fausti, preocupada como conseguirá os medicamentos de que precisa e que são fornecidos em um hospital ao qual agora não pode chegar.



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