Brasil rejeita inclusão da Venezuela nos Brics, durante reunião na Rússia

Nesta terça (22/10), o Brasil vetou a inclusão da Venezuela como país parceiro do Brics, uma nova categoria de associação apresentada na 16ª reunião do grupo, que ocorre em Kazan, na Rússia. Brics é o nome dado ao bloco dos países em desenvolvimento, que tem como fundadores o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.

A Venezuela ficou de fora dos 12 países que serão convidados. Por enquanto, a lista inclui Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Nigéria, Uganda, Turquia e Belarus. Essa nova composição foi idealizada pela presidência russa do bloco e ainda pode sofrer alterações durante a reunião dos chefes de Estado, marcada para quarta-feira (23).

Embora a Venezuela tenha laços estreitos com a Rússia, que sedia o evento, o Brasil manifestou sua posição em relação ao governo de Nicolás Maduro. Cuba e Bolívia são países mais simpáticos ao Brasil neste momento do que a Venezuela.


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Este acabou sendo um grupo mais equilibrado do que o aprovado na reunião que discutiu a expansão do Brics em 2023, em termos de representação regional e política.

O governo de Maduro não enviou representantes a Kazan. Desde a sua vitória em eleições consideradas fraudulentas, Maduro e Lula entraram em rota de colisão. Embora não tenha rompido relações diplomáticas com o governo de Caracas, Lula afirmou publicamente que não reconheceria a reeleição de Maduro sem a apresentação das atas eleitorais que comprovassem a sua vitória, documentos que nunca foram tornados públicos.

Lula deveria ter participado presencialmente do encontro dos Brics, mas após sofrer um acidente doméstico no último final de semana, seus médicos não recomendaram que ele se submetesse a uma viagem longa.

*Com informações de Folha de S. Paulo e Diário Carioca



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