MPAM investiga membros de projeto social de Itacoatiara por suposto enriquecimento ilícito
O projeto social “Resgatando Cativos”, de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus), virou alvo de investigação do Ministério Público do Amazonas (MPAM). Por meio da Promotoria de Justiça do município, o órgão instaurou um procedimento preparatório para apurar possível enriquecimento ilícito dos membros da entidade sem fins lucrativos.
A medida do MPAM foi motivada por suspeitas relacionadas a práticas de improbidade administrativa, incluindo a utilização inadequada de recursos destinados ao Resgatando Cativos.
O procedimento de investigação é de autoria do promotor de Justiça, Gabriel Salvino Chagas do Nascimento. “O nosso objetivo é apurar se houve ou não algum desvio de recursos dessa entidade”, ressaltou.
Ele informou ainda que caso sejam encontradas irregularidades, as diretrizes necessárias já foram estabelecidas. “A intenção é investigar possíveis danos ao erário provocados pela entidade e buscar a responsabilização dos eventuais infratores. Basicamente, essa é a nossa pretensão”, concluiu.
O promotor de Justiça determinou a realização de diligências específicas, incluindo a certificação nos autos sobre a existência de diligência pendente de cumprimento na notícia de fato que originou o procedimento preparatório do MPAM.
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Operação da PF
No mês de fevereiro deste ano, a Polícia Federal (PF) deflagrou a “Operação Cativos”, com o objetivo de investigar as condições abusivas às quais eram submetidos os pacientes do centro terapêutico do projeto Resgatando Cativos. Na ocasião, a PF afirmou que a operação foi realizada devido a suspeitas de que os responsáveis pelo local mantinham os internos em condições de higiene precárias, fornecendo alimentação inadequada e obrigando-os a realizar trabalhos forçados.
Além disso, o centro utilizava a imagem dos pacientes em transmissões ao vivo nas redes sociais, com o intuito de atrair engajamento e doações financeiras. Agentes da PF destacaram que o principal alvo da operação é um líder religioso que recebia os pacientes no centro e os exibia em vídeos publicados online.
*Com informações da assessoria
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