Dia da Gestora e do Gestor Escolar – SINPRO-DF
Nesta terça-feira (12), o Brasil comemora o Dia do(a) Gestor(a) Escolar. Essa comemoração está estreitamente vinculada à defesa da gestão democrática na educação brasileira. Trata-se de um direito conquistado com o fim da ditadura militar e consolidada na Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Sem a gestão democrática, a função de gestor(a) escolar se perde e acaba resvalando no autoritarismo.
A gestão democrática é o mecanismo aliado dos(as) gestores(as) escolares na execução da função administrativa. O Sinpro lembra que a conquista da gestão democrática é resultado da atuação de um sindicado do magistério público forte e consciente e de uma base mobilizada e atuante”. “As eleições diretas para diretor e diretora, vice-diretor e vice-diretora e Conselho Escolar estabelecem parâmetros e instrumentos de participação que fortalecem a democracia nas escolas públicas.
Para Wellington Mesquita, diretor da Escola Classe nº 16 de Planaltina (EC 16 de Planaltina), a gestão democrática “possibilita unir gestores, educadores, pais, estudantes e toda comunidade escolar e prol do desenvolvimento da escola e de seus estudantes”. Pedagogo da carreira assistência, ele afirma que os desafios da gestão escolar são muitos e passam pelo problema dos recursos financeiros, evasão escolar, violência no ambiente escolar, gestão de pessoas e a desmotivação dos educadores e dificuldades na comunicação com a comunidade escolar.
Para o diretor da EC 16 de Planaltina, situada na Estância Nova Planaltina, a única fórmula para enfrentar esses desafios é a valorização dos(as) educadores(as) por parte dos governantes, com estímulo à motivação e à formação continuada dos(as) educadores(as). “Também dialogar sempre com a comunidade, investimentos em tecnologias, infraestrutura e no pedagógico da escola, praticar mediações e ser resiliente”, afirma.
O Sinpro observa que a gestão democrática tem como princípio fundamental a participação ativa de todos os envolvidos no processo educacional. No entanto, sua implementação enfrenta desafios, já que, apesar da legislação, as práticas de gestão variam amplamente nas escolas, com diferentes denominações e abordagens, como gestão participativa e cogestão. A verdadeira gestão democrática exige uma postura de colaboração entre gestores, professores, alunos, pais e a comunidade, garantindo a autonomia pedagógica e administrativa das escolas, mas essa transformação ainda esbarra em obstáculos, como a falta de articulação entre os atores e a resistência a mudanças no modelo tradicional de gestão.
A escola precisa da participação coletiva de toda a comunidade escolar para alcançar seus objetivos educacionais e melhorar a qualidade do ensino. O(a) gestor(a) escolar, em especial, deve adotar um papel de liderança cooperativa, que promova a inclusão de todos os segmentos da escola nas decisões, criando um ambiente de transparência e autonomia. A gestão democrática não se resume apenas a um modelo de administração, mas também de se relacionar diretamente com o projeto pedagógico e a construção de uma educação mais inclusiva e de qualidade. Por isso, a formação contínua dos(as) gestores(as) e a busca constante por melhorias são essenciais para a eficácia desse modelo, que depende da participação ativa da comunidade escolar para superar as dificuldades e avançar no processo de democratização da educação.
Aproveitamos o Dia da Gestora e do Gestor Escolar, comemorado em 12 de novembro, para reconhecer e valorizar o trabalho fundamental desses(as) profissionais na construção de um ambiente educacional mais democrático, inclusivo e participativo. O papel do(a) gestor(a) escolar é crucial para garantir que todos(as) os(as) envolvidos(as) no processo educacional tenham voz e possam colaborar na melhoria da qualidade do ensino. Que este dia seja um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados e as conquistas já alcançadas, e que inspire a todos e todas a continuarem empenhados(as) na construção de uma educação transformadora.
Vale lembrar que as eleições diretas para gestor(a) de escola são apenas uma das etapas gestão democrática. Efetivamente, é no dia a dia, com o processo democrático de decisão e o envolvimento dos diversos atores e atrizes, que ela (a gestão democrática) se consolida como ferramenta imprescindível de fortalecimento da escola como formadora de cidadãos e cidadãs críticos e críticas.
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