Militar que vazou documentos secretos do Pentágono é condenado a 15 anos de prisão nos EUA
O ex-militar da Guarda Nacional Aérea dos Estados Unidos Jack Teixeira, de 22 anos, foi condenado a 15 anos de prisão pelo vazamento de documentos sigilosos relacionados, principalmente, à guerra da Ucrânia. A sentença foi divulgada nesta terça-feira (12).
Em março, Teixeira assumiu a culpa de seis acusações por violação da lei de espionagem. Ele reconheceu ter vazado na plataforma Discord dezenas de documentos confidenciais do governo, que acabaram sendo publicados em outras redes sociais.
“Meu comportamento causou um turbilhão na vida da minha família, dos meus amigos, de qualquer pessoa que eu tenha afetado no exterior. Toda a responsabilidade e as consequências recaem sobre os meus ombros”, disse.
Informações sensíveis do Pentágono na internet
Segundo o tribunal, Teixeira começou a vazar documentos em janeiro de 2022 e foi preso em abril do ano seguinte, após semanas de investigações das forças de segurança para descobrir como informações sensíveis do Pentágono haviam ido parar na internet.
A maior parte dos documentos vazados por Teixeira tinha relação com a invasão russa à Ucrânia. Alguns continham informações sensíveis, como movimentos detalhados de tropas e o cronograma do fornecimento de armas a Kiev, segundo os investigadores.
O caso levantou questionamentos sobre possíveis falhas de segurança, uma vez que o jovem, que ocupava o terceiro grau mais baixo na hierarquia, tinha acesso a dados cruciais.
O vazamento levou a uma reforma na gestão de informações classificadas. “O dano que o réu causou à segurança do país ao revelar informações de defesa nacional foi extraordinário”, ressaltaram os promotores. A Força Aérea anunciou que também deseja processá-lo em uma corte marcial por suspeita de má conduta.
*Com informações da AFP.
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