Porsche dobra autonomia do Panamera no modo elétrico – 11/11/2024 – Mercado

O Porsche Panamera Hybrid passa a ir mais longe sem queimar gasolina na linha 2025. O modelo renovado, que chega ao mercado nacional por a partir de R$ 803 mil, recebeu baterias maiores.

Trata-se de um híbrido plug-in, que pode ser recarregado na tomada. A autonomia passou a ser de 63 quilômetros no modo elétrico, sendo que antes mal passava dos 30 km. Trata-se, contudo, de um detalhe para os que focam na esportividade.

O motor 2.9 V6 tem 470 cv na versão mais “fraca”, e a potência chega a 544 cv na opção 4S, vendida por R$ 922 mil. Esse foi o modelo testado no autódromo Velocità, em Mogi Guaçu (interior de São Paulo).

O carro traz a onipresente tela digital curva, que concentra as informações de direção. Embora os elementos gráficos sejam típicos da Porsche, essa solução está se tornando banal na indústria automotiva.

Mas banalidade é coisa rara em um carro da marca alemã, que oferece acabamento refinado e uma combinação de luxo e esportividade que impulsiona as vendas mundo afora. Há cuidado em tudo o que os olhos veem e os dedos tocam.

Após acionar a partida —o botão fica do lado esquerdo do volante—, nada se ouve. O funcionamento começa no modo elétrico, que conduz as primeiras ações.

Na pista, contudo, é o V6 que dá as ordens. O sedã de cinco metros de comprimento acelera com disposição, ignorando suas mais de duas toneladas. De acordo com a fabricante, é possível chegar aos 100 km/h em menos de quatro segundos.

O teste é comandado por pilotos que conduzem um comboio de três carros. O objetivo é copiar o trajeto feito pelos profissionais contratados pela Porsche. Não houve dificuldade, graças a um novo recurso disponibilizado pela fabricante.

Trata-se da suspensão inteligente Active Ride, que traz amortecedores dotados de válvulas —e muita eletrônica— para corrigir as oscilações da carroceria em milésimos de segundo.

É algo mágico, cujo assombro proporcionado pelas reações na pista remetem ao que a Citroën causou ao apresentar o sistema hidropneumático do DS, em 1955.

Em uma freada mais forte, o sistema desenvolvido pela Porsche eleva ligeiramente a frente da carroceria, evitando o mergulho. Ao fazer desvios rápidos, a carroceria se mantém estabilizada, sem rolar.

São reações tão diferentes do esperado que chegam a causar náuseas após algumas voltas, ao mesmo tempo que fazem um motorista convencional se sentir o rei dos circuitos de competição.

Fora das pistas, o sistema ajuda a evitar acidentes, já que preserva a estabilidade em situações de emergência. Há, contudo, um problema: o Active Ride é opcional e custa R$ 57 mil.

Pelo valor elevado, ainda deve demorar a chegar em carros de segmentos menos caros. Mas como é comum na indústria automotiva, as soluções tecnológicas nascem nas pistas, passam para os modelos esportivos de rua e, por fim, estreiam em veículos vendidos em grandes volumes



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